Brasil e Estados Unidos disputam a final da primeira Gold Cup feminina
Canadá 2-2 Estados Unidos (1-3 após penáltis)
Na segunda meia-final, os Estados Unidos superaram o Canadá, atual campeão olímpico, num dramático desempate por penáltis. O jogo foi disputado num campo completamente alagado que mal permitia a movimentação da bola.
A atacante Jaedyn Shaw, de 19 anos, aproveitou a situação para marcar o primeiro golo aos 20 minutos. A defesa canadiana Vanessa Gilles passou para a sua guarda-redes, mas a bola parou numa poça e Shaw veio de trás para rematar para a baliza.
O Canadá forçou o prolongamento com um grande golo de cabeça de Jordyn Huitema aos 82 minutos, mas a equipa dos EUA passou novamente para a frente através de Sophia Smith aos 99 minutos. No último lance do prolongamento, o Canadá mandou a bola para a área e, ao tentar afastar, a guarda-redes Alyssa Naeher acertou em Gilles, cometendo uma grande penalidade, assinalada após uma revisão do VAR.
Adriana Leon, a melhor marcadora do torneio, converteu o penálti e a meia-final foi decidida numa disputa de pénaltis em que Naeher passou de vilã a heroína. A guarda-redes defendeu três remates, cobrados por Leon, Huitema e Jessie Fleming, e marcou um ela mesma, tornando-se o centro de uma grande festa chuvosa na noite de San Diego.
Brasil 3-0 México
Ao contrário dos Estados Unidos, uma potência em reconstrução, o Brasil conseguiu impor a sua hierarquia contra o México, um adversário que derrotou em 15 dos seus 19 encontros.
O primeiro golo do Brasil surgiu de um cruzamento da esquerda que a guarda-redes mexicana Esthefanny Barreras não conseguiu afastar com os punhos e acabou nos pés de Adriana Leal, que marcou com um remate acrobático.
As campeãs sul-americanas mantiveram o cerco e foram recompensadas quando Nicolette Hernandez foi expulsa por derrubar Bia Zaneratto na entrada da área. O golpe para o El Tri, que até então não havia disparado à baliza contrária, foi definitivo quando, três minutos depois, Antonia fez 2-0 com um belo remate de perna esquerda que passou rente à trave.
O Brasil fechou o marcador com um belo golo de Yasmim, que cruzou da direita para a área.
No segundo tempo, o México continuou lutar para marcar , principalmente com a atuação de sua principal jogadora, Lizbeth Ovalle.
"O jogo ficou muito complicado para nós logo no início, mas fizemos uma boa partida", reconheceu López às suas jogadoras: " Com 2-0 no marcador e a 60 minutos do fim, elas deram o máximo, lutaram por todas as bolas e criaram oportunidades (...) Perdemos este jogo, mas quem perde mais é a Gold Cup, porque o México vai embora".
O Brasil é o único sobrevivente das quatro equipas sul-americanas convidadas para a Gold Cup, após as eliminações de Argentina, Colômbia e Paraguai, mas está a atravessar o evento com uma série de cinco vitórias, marcando 18 golos e sofrendo apenas um.