"Nós, como instituição, repudiamos qualquer ato específico e individual que tenha ocorrido contra o jogador", disse o vice-presidente do Gimnasia, Juan Pablo Arrien, esta quarta-feira, indicando que foram tomadas medidas para identificar as pessoas que proferiram os insultos.
O colombiano de 37 anos, ex-jogador do Fulham e da seleção colombiana, disse que foi chamado "macaco" e "negro" durante a derrota do Independiente Santa Fé em casa do Gimnasia (1-0) na noite de terça-feira.
"Não estamos a melhorar como humanidade, é um desastre o que está a acontecer no mundo inteiro, é triste chegarmos aqui e acontecer isto. Não estou a dizer que perdemos por causa das pessoas, mas a questão do racismo é cansativa", disse Rodallega aos jornalistas após o jogo.
A denúncia acontece no seguimento das agressões racistas ao brasileiro Vinicius Junior durante o jogo com o Valência no fim de semana.
"Não é só na Europa que acontece", admitiu o treinador do Gimnasia. "O futebol ainda tem muito que aprender, mas temos de lutar para melhorar tudo o que pudermos, desde a direção, os meios de comunicação social e os sócios", acrescentou.
Arrien indicou que o clube iniciou ações para "identificar as pessoas que agrediram (Rodallega), vamos ver se são sócios ou não e com base nisso vamos aplicar o que os estatutos indicam".
Durante a partida, da quarta jornada do Grupo G da Taça Sul-Americana, houve um tumulto na área colombiana e o árbitro ordenou a expulsão de três jogadores e dos treinadores das duas equipas.
Imagens de televisão mostraram Rodallega a discutir e empurrar o técnico do Gimnasia, Sebastián Romero.