Boca Juniors 1-0 Cruzeiro
O Cruzeiro preparou bem a lição, nos primeiros minutos deixou o Boca desconfortável, pressionando-o no seu meio-campo, num arranque favorável à equipa brasileira, que, no entanto, não gerou acções de risco para a baliza local e, aliás, não contabilizou sequer um remate à baliza defendida por Chiquito Romero.
Numa ação isolada, o Boca teve a sua única situação favorável da primeira parte, um remate cruzado de Cavani que obrigou a uma defesa de Cássio, o que gerou um entusiasmo que se foi desvanecendo, à medida que o jogo se tornava apertado e rústico, com poucas chegadas à área e vários atritos, ao ponto de se contabilizarem 19 infracções só na primeira parte.
O jogo foi interrompido durante cinco minutos por uma discussão mais ríspida entre Pol Fernandez e Matheus Pereira, e o árbitro Jesus Valenzuela teve o seu trabalho dificultado numa primeira parte sem emoção.
O Boca foi mais ambicioso no início da segunda parte, e Diego Martinez tentou dar mais profundidade aos ataques com a entrada de Martegani, mas os Xeneize pareciam limitados na sua abordagem, repetitivos, sem ideias e lentos a desequilibrar um adversário que recuava cada vez mais.
O Boca assumia o controlo da bola, o Cruzeiro recuava muito e o jogo era disputado no meio campo dos visitantes, e foi assim que os Xeneize encontraram a chave para desbloquear a defesa brasileira numa ação rápida pela direita, com Zenon a assistir Cavani, que entrou pela direita e marcou com a mestria de um goleador perante a saída desesperada de Cássio.
A equipa da casa teria outra grande oportunidade para fazer o 2-0, mas viu ser-lhe negada a vantagem que seria tão tranquilizadora para a segunda mão, num lance em que Cavani rematou ao poste esquerdo e, após o ressalto, Cássio esticou-se para afastar o potente remate de Zenón.
O Cruzeiro acordou nos minutos finais e pela primeira vez esteve perto da baliza do Boca, primeiro com um remate cruzado de Kaio Jorge, e depois com um remate frontal de Lautaro Díaz que exigiu um esforço de Chiquito Romero.
O Boca terminou de cabeça erguida, vitorioso por uma margem mínima, mas aliviado com a diferença necessária para ir para o jogo da próxima semana com alguma aspiração, no que promete ser mais uma batalha de gigantes.
A partida da segunda mão será disputada na quinta-feira, 22, no Mineirão, em Belo Horizonte, e o vencedor deste confronto enfrentará nos quartos de final quem vencer da série entre Libertad e Ameliano, ambos do Paraguai.