Jorge Braz: "Vitória inequívoca contra uma seleção de qualidade brutal como poucas no mundo"
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Jorge Braz (selecionador português):
“Nós sabemos o percurso que queremos construir e vamos passo a passo. Hoje sabíamos que tínhamos de dar mais um passinho, na pressão defensiva ou na construção. Num ou noutro momento, ainda podemos melhorar um bocadinho, e vamos melhorar, pois vêm aí novas etapas. Hoje senti-me durante 40 minutos um treinador muito feliz, porque era olhar para as caras deles e ver confiança e ver jogar como eles sabem jogar, com identidade, organização e razão. Isso é o que nos deixa mais satisfeitos.
Claro que existem indicadores que demonstram a qualidade de Marrocos. Aqui vivem-se momentos e, agora, temos de ser muito bons nos próximos 40 minutos. O que está para trás ajuda-nos a cimentar o percurso, a termos confiança e a perceber que vamos crescendo, mas vive-se de momentos e o que importa agora são os próximos 40 minutos. Hoje é inequívoca a nossa vitória contra uma seleção que tem uma qualidade brutal, como poucas no mundo.
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A equipa está a ficar em ponto rebuçado e isso é fundamental. O Erick é o melhor universal do mundo, mas não é só o Erick. Tenho os melhores alas, o melhor pivô e os melhores fixos. Temos uma série de jogadores, todos diferentes nas diferentes posições, que nos dão uma grande variabilidade. Continuamos muitas vezes a não valorizar o que temos em casa. Temos gente fantástica e o Erick é um deles, que, muitas vezes pela forma de ser, de jogar e empurrar toda a gente, personifica a qualidade, o crer e a identidade coletiva que temos”.
Bruno Coelho (autor de dois golos):
“Mais importante do que o prémio de melhor em campo, é a vitória da equipa. Entrámos bem, jogámos bem, fomos consistentes e competentes durante os 40 minutos e isso reflete-se nos números que tivemos. Podíamos ter feito mais um ou dois golos, defendemos bem e soubemos sofrer nos momentos em que estivemos menos bem no jogo.
Faz parte do nosso ADN tentarmos entrar na máxima força, para conseguirmos logo desde início o nosso objetivo. Sabemos perfeitamente que o jogo é longo e tem 40 minutos, mas queremos entrar logo fortes e mandar no jogo. Temos conseguido fazer a nossa parte, o que depois nos deixa mais tranquilos para o resto do jogo. Faz parte da nossa consistência”.
Edu Sousa (guarda-redes):
“Tentei que a bola não entrasse, mas tiveram sorte de a bola bater no poste e voltar. Estou muito feliz pelo jogo da equipa. Tudo o que preparámos saiu bem e fizemos um grande jogo, mesmo com a mentalidade como se fosse uma final. A equipa, mesmo depois de já atingir o objetivo dos oitavos de final, queria atingir o primeiro lugar do grupo e conseguimos.
Sabíamos que tínhamos de sofrer muito. Marrocos é uma seleção incrível, tem uma qualidade técnica fora do normal, são os campeões de África já há muito tempo e demonstram que estão sempre a crescer”.
Fábio Cecílio:
“O que interessa é sempre a vitória. No quarto golo fiquei isolado, mas vi que o Zicky estava em melhor posição e decidi passar-lhe a bola.
Estamos aqui a preparar-nos jogo a jogo. Sabíamos que íamos encarar seleções extremamente difíceis. Ficámos em primeiro no grupo, que era o nosso principal objetivo. Sabíamos que hoje íamos encarar uma seleção muito forte, em que a maior parte dos golos deles eram em transição. Conseguimos anular muito bem isso, começámos bem o jogo e saímos com a vitória”.