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Mundial de Futsal: Alas portugueses Bruno Coelho e Tiago Brito focam objetivos a "curto prazo"

Portugal é atual campeão Mundial de futsal
Portugal é atual campeão Mundial de futsalFPF
Os alas Bruno Coelho e Tiago Brito alertaram para a importância de pensar “jogo a jogo” no Mundial de futsal, que se disputa de sábado a 06 de outubro, no Uzbequistão, onde Portugal vai defender o título.

“Primeiro temos de nos preocuparmos em passar o grupo e esse é o nosso principal objetivo, mas, claro, que querermos vencer uma medalha e sabemos bem a medalha que queremos”, antecipou Bruno Coelho, vice-capitão da seleção portuguesa, em entrevista à Lusa.

A ideia foi depois corroborada por Tiago Brito, que reafirmou a importância de estabelecer objetivos “a curto prazo” e que “o foco é mesmo a fase de grupos sem olhar mais à frente”.

Portugal é o detentor do título mundial – cetro que conquistou pela primeira vez na história em 2021, na Lituânia – e vai iniciar a competição no sábado (13:30 horas em Lisboa), diante do Panamá, na Humo Arena, em Tashkent.

A equipa das quinas integra o Grupo E do Campeonato do Mundo e vai defrontar ainda Tajiquistão, no dia 19 (16:00), e Marrocos, dia 22 (13:30), numa primeira fase em que os dois primeiros classificados de cada agrupamento, assim como os quatro melhores terceiros, vão avançar para a fase a eliminar.

Numa primeira análise, os dois jogadores partilharam as “preocupações” para a fase de grupos.

“São três equipas com características diferentes. Claro que olhando para cada uma delas, sabemos que Marrocos é uma das seleções mais fortes deste grupo e que nos pode causar mais dificuldades, mas sem nunca desvalorizar as outras seleções”, alertou Coelho, numa afirmação complementada pelo colega de seleção, que antecipou “três jogos extremamente difíceis”.

Os alas do RFS Futsal Clube, da Letónia, e do Sporting de Braga são dois mais experientes da equipa das quinas e fazem parte do restrito lote de jogadores – a estes juntam-se apenas João Matos, André Coelho, Pany Varela e Fábio Cecílio – que conquistaram os dois títulos europeus, em 2018 e 2022, e o Campeonato do Mundo, em 2021.

Face ao percurso alcançado nos últimos seis anos, reconhecem que Portugal é o “alvo a abater”.

“É normal. Quando encontramos uma equipa que tem vencido as últimas competições, se calhar a vontade de vencer é sempre maior e neste caso somos nós”, justificou Brito.

Sobre as perspetivas para a competição, a dupla portuguesa apontou os crónicos candidatos, colocando Portugal, com naturalidade, nessa lista.

“Não vou tirar Portugal desse pote até por tudo o que temos vindo a fazer nos últimos anos. Há fortes candidatos”, destacou Bruno Coelho, ao passo que Tiago Brito enfatizou também as “seleções emergentes que têm dado um salto qualitativo grande nos últimos anos”.

Já desafiados a abordarem a possibilidade de reconquistarem o título mundial, os comandados de Jorge Braz evidenciaram “a vontade” de querer vencer e de serem “os melhores”.

Ainda que, como analisou o esquerdino da formação minhota, “seja sempre mais difícil revalidar um título”.

Entre os 14 convocados, o selecionador Jorge Braz vai promover ainda as estreias em Mundiais de Edu Sousa (El Pozo Murcia, Esp), André Correia, Edmilson Kutch e Lúcio Rocha (estes três do Benfica), algo que orgulha os mais experientes.

“Há um leque cada vez mais alargado de jogadores capacitados para estarem neste espaço, o que é ótimo para o futsal português, e é por todos os que gostariam de estar aqui que também temos essa ambição de chegar longe”, realçou Tiago Brito.

Para Bruno Coelho, que confirmou o sentimento de satisfação pelos novatos, pode até ser mesmo o caso inverso, uma vez que o internacional por 166 ocasiões, de 37 anos, admitiu que poderá viver o último Mundial da carreira.

“Daqui a quatro anos terei 41 anos e torna-se um pouco especial porque, quer queiramos quer não – e não quero dizer que daqui a quatro anos não esteja ainda a jogar ou que não seja opção –, pode ser o último Mundial e o que eu quero é ajudar os meus colegas e a seleção portuguesa”, revelou, notando que “representar Portugal é sempre um orgulho” e desejando que “no fim, possa festejar muito”.