Mundial de futsal: Portugal eliminado pelo Cazaquistão a 14 segundos do fim (1-2)
Recorde as principais incidências da partida
Cazaquistão e Mundial de futsal traziam boas memórias aos portugueses. Em 2021, Portugal eliminou a seleção cazaque nas meias-finais para conseguir, mais tarde, sagrar-se campeão do mundo. Três anos depois, poucas coisas mudavam.
Portugal continuava a partir como ligeiro favorito rumo aos quartos de final, mas a seleção do Cazaquistão inspirava cuidados acima daqueles que Portugal teve de ter na fase de grupos, onde conseguiu três vitórias em três jogos.
A equipa de Jorge Braz pegou nessa superioridade e começou melhor a partida, obrigando desde logo Léo Higuita, antigo guarda-redes do Belenenses, a provar que ainda é um dos melhores do mundo, com as mãos e com os pés.
Portugal trabalhou bem as subidas do experiente guarda-redes e por pouco não aproveitou uma reposição para abrir o marcador, na sequência de um cabeceamento de Tomás Paçó, mas foi contra a corrente da partida que o Cazaquistão chegou à vantagem, na sequência de uma reposição que surpreendeu a defensiva portuguesa, com o remate de Yesenamanov (11') a passar por Edu e a parar apenas no fundo das redes.
Se as despesas do jogo já passavam quase sempre por Portugal, a partir do 0-1 a equipa de Jorge Braz assumiu ainda mais a partida, com o Cazaquistão sempre a defender junto à área de Higuita. Com Zicky, Portugal estava a conseguir chegar com relativo perigo à baliza cazaque, mas as limitações do pivot do Sporting continuam a obrigar uma gestão que tirou poder de fogo a Portugal.
Ainda assim, o empate esteve a um rosto de distância de acontecer. Sim, um rosto. Higuita, com a cara, negou o golo a Afonso Jesus, um dos melhores de Portugal, no último segundo da primeira parte.
Chaves Zicky desbloqueiam jogos
Já se tinha percebido que a presença de Zicky deixava Portugal mais perto do apuramento e, depois de descansar dois minutos mais o intervalo, o pivot entrou em campo para desbloquear o marcador e ultrapassar finalmente Higuita, com uma finalização de classe (e clássica) após livre de Bruno Coelho (21').
Alguns segundos bastaram para chegar ao empate e a partir daí começou um novo jogo, com poucas oportunidades de parte a parte, mas com Portugal a baixar o ritmo depois da boa entrada. Aí, valeu uma grande intervenção de Edu (29') para segurar o empate frente a um Cazaquistão organizado, que deu sempre primazia à boa organização defensiva, mesmo quando teve bola.
Faltavam 14 segundos...
A pouco mais de cinco minutos do fim, Jorge Braz recorreu ao quarteto que mais dificuldades foi criando a Higuita - Kutchy, Zicky, Paçó e Lúcio Rocha -, arriscando mais defensivamente, mas criando desde logo situações de golo, apesar de a melhor ocasião ter pertencido ao Cazaquistão, após novo remate de Yesenamanov junto à marca de meio-campo ter batido no poste. No entanto, foi já com os jogadores mais experientes em campo que Portugal passou pelos momentos de mais emoção e acabou em lágrimas.
Após desconto de tempo pedido por Jorge Braz, uma perda de bola resultou num canto para o Cazaquistão e Tursagulov (40') eliminou Portugal com um remate no interior da área de Edu Sousa. No forcing final, Bruno Coelho ainda obrigou Higuita a uma defesa impressionante, quando faltavam apenas três segundos para o fim. Após o apito, ainda houve festejos na sequência de um pontapé de canto que acabou com a bola no interior da baliza do Cazaquistão, mas o VAR confirmou que o tempo já tinha terminado e Portugal foi mesmo eliminado do Mundial.