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Pany Varela: "Quando se está num clube como o Sporting, que luta por tudo, vou lá para fora porquê?"

LUSA
Pany Varela está no Sporting desde 2016
Pany Varela está no Sporting desde 2016Sporting CP
O internacional português Pany Varela considera que “falta fazer tudo de novo e trepar a montanha” a cada época que começa, “porque só assim faz sentido” representar a equipa de futsal do Sporting e ambicionar por mais títulos.

Com mais de 30 troféus na carreira, entre Sporting e seleção portuguesa, em que se destacam oito títulos nacionais, um Mundial e dois Europeus, o ala luso mostrou ‘fome’ por mais.

Falta fazer tudo de novo mais uma vez e mais outra vez. A cada época que termina, eu volto cá para baixo da montanha, analiso, corrijo, descanso e volto a trepar a montanha mais uma vez, porque eu acho que só assim é que faz sentido”, começou dizer o tetracampeão nacional pelos leões, em entrevista à agência Lusa.

Representar o clube lisboeta é estar “constantemente à procura da vitória”, muito por culpa da equipa técnica de Nuno Dias e dos colegas que se “alimentam” de triunfos, segundo o atual melhor jogador do mundo da modalidade.

Primeiro, estou num clube em que o seu ADN está constantemente à procura da vitória, a equipa técnica comandada pelo Nuno Dias não sabe estar nem viver de outra maneira, felizmente. E estou rodeado de colegas que também se alimentam de vitórias diárias, vitórias ao fim de semana e vitórias ao fim de cada competição”, confidenciou à Lusa.

Face a esta mentalidade, Pany Varela referiu que “por natureza já é competitivo” e, por isso, acaba por andar “sempre a caça de mais títulos e de mais vitórias”.

Num ano que culminou com a conquista do quarto campeonato nacional seguido, diante do SC Braga, e da Taça da Liga, contra o Benfica, faltou ser mais “competente” na Liga dos Campeões, na qual o Sporting caiu perante espanhóis do Barcelona nas meias-finais.

Faltou-nos ser competentes, essencialmente no capítulo da finalização e na defesa não consentir alguns golos que acabámos por consentir. Ao nível que nós estamos e contra os adversários que nós apanhámos nesse tipo de competições, há erros que não podemos cometer, porque vamos pagar caro, e acabamos por pagar”, lamentou.

Contudo, há sempre boas ilações a tirar mesmo quando se perde, pelo que, para Varela, o “importante foi analisar, corrigir, olhar para a frente e cumprir com os objetivos”.

Sobre a competitividade da Liga portuguesa, o internacional português em 92 ocasiões defendeu que há “cada vez mais jogos equilibrados, equipas melhor orientadas e com melhores jogadores”.

O jogador português está cada vez melhor e também acho que é um processo natural. Se o Sporting tem estado quase sempre nas decisões, eu acho que é muito mais por mérito. Obviamente que não competimos sozinhos, sabemos disso, mas eu acho que o campeonato português não tem falta de competitividade e isso nota-se quando nós vamos jogar com equipas estrangeiras”, argumentou.

A caminho de cumprir a nona temporada de ‘leão ao peito’ e com contrato até 2026, o futuro passa por continuar no tetracampeão nacional, embora não feche portas a uma saída, após ter representado, até ao momento, apenas clubes portugueses.

Eu estou muito bem no Sporting. Se surgir a oportunidade, não é descabido. Nunca fechei portas para o futuro e só a Deus pertence, mas quando se está num clube como o Sporting, que ano após ano luta para conquistar todas as competições, vou lá para fora porquê? Posso até ir, estamos a falar disto hoje, amanhã não sei”, concluiu.