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Futsal: Benfica vence Sporting (5-4) no prolongamento e conquista Supertaça

Mário Rui Ventura
Taynan, autor do 1-0, diante de Hygor
Taynan, autor do 1-0, diante de HygorFPF
O Benfica venceu esta sexta-feira o Sporting, na final da Supertaça, disputada no Multiusos de Sines e decidida apenas no prolongamento, após um empate a quatro golos no tempo regulamentar. Os encarnados conquistam assim a sua nona Supertaça, contra as 11 que os leões têm no seu palmarés.

Recorde as incidências da partida

25.ª edição da Supertaça, competição com supremacia do Sporting, que tinha 11 títulos conquistados até esta sexta-feira, contra as 8 do Benfica. Correio da Manhã, Miramar, Freixieiro, Instituto D. João V e Boavista são os outros clubes no palmarés da competição.

Num Pavilhão Multiusos de Sines esgotado, com dois mil espectadores nas bancadas, Mário Silva surpreendeu logo com o cinco inicial, com Afonso Jesus e Jacaré a avançarem como opções, quando Diego Nunes e Carlos Monteiro tinham surgido na ficha de jogo.

E se Mário Silva surpreendeu nas escolhas, o Sporting surpreendeu - pelo menos as águias - com uma entrada fortíssima. Logo aos 2 minutos Zicky Té, o aniversariante do dia, cruzou e Taynan, ao segundo poste, fez o 1-0.

No minuto seguinte, e já depois de Tomás Paçó ter obrigado Léo Gugiel a uma grande defesa, o guardião do Benfica perdeu a bola e Zicky Té fez o 2-0.

Em cima dos 5 minutos seria mesmo Henrique Rafagnin, guarda-redes do Sporting, a marcar um golo de baliza a baliza, perante o avanço de Léo Gugiel, fazendo o 3-0.

Mário Silva, treinador do encarnados, pediu uma pausa técnica e a partir daí houve mais e melhor Benfica na quadra.

Primeiro Ivan Chishkala, à figura de Henrique Rafagnin, aos 6', seguido de Carlos Monteiro e Diego Nunes, sempre com o guarda-redes leonino pela frente.

Aos 9' Zicky Té esteve perto de bisar, mas o remate saiu ao poste, antes de Ivan Chiskala rematar para defesa de Rafagnin, que aos 10' parou a tentativa de Higor. No mesmo minuto o remate de Diego Nunes foi à barra.

Adivinhava-se o golo do Benfica, que viria a surgir aos 12 minutos, com Jacará a rodar e, com remate forte, a bater Rafagnin para o 3-1.

Ainda antes do intervalo, e já depois de Jacaré ter visto o guarda-redes do Sporting negar-lhe o bis, o Benfica chegou ao segundo golo, aos 17 minutos. Chishkala assistiu e Diego Nunes, de pé esquerdo, diminuiu a vantagem leonina para a margem mínima.

Antes do descanso, Mário Silva ainda solicitou o suporte de vídeo, novidade para a nova temporada, e que estará em ação no campeonato, pedindo uma falta de Sokolov sobre Edmilson. Os árbitros visualizaram as imagens e mandaram seguir.

A segunda parte trouxe mais calma ao jogo, mais segurança na saída e Diego Nunes, aos 27 minutos, a rematar junto ao poste da baliza do Sporting.

No minuto seguinte, Carlos Monteiro candidatou-se a golo do ano, logo a abrir a época desportiva. Grande passe de Léo Gugiel e Carlos Monteiro, encostado à linha lateral, rematou de forma acrobática, com a bola a bater na barra da baliza leonina.

O Sporting respondeu, aos 29', com remate de Taynan para defesa de Léo Gugiel e, na recarga, Diogo Santos a atirar junto ao poste.

Depois da ameaça, Diogo Santos atirou mesmo a contar, aos 30', após passe longo de Henrique Rafagnin, fazendo o 4-2.

Aos 33' Léo Gugiel foi mesmo obrigado a sair, a sangrar do nariz, levando à entrada do jovem Martim Figueira que, aos 34', negou o golo a Taynan antes de voltar ao banco, para o regresso de Léo.

Aos 36' o azar bateu do outro lado, com Rafagnin a pedir assistência, a ter de sair para a entrar de Gonçalo Portugal que, ainda a frio, viu o Benfica reduzir a desvantagem. Passe de Chishkala e remate cruzado de Jacaré, com a bola a ainda desviar em Pauleta, traindo o guarda-redes dos leões, fazendo o 4-3.

A dois minutos do final, Mário Silva apostou em definitivo no 5 para 4, com Bruno Coelho a fazer de guarda-redes avançado. E, ainda dentro dos 39', os encarnados chegaram mesmo à igualdade. Remate de Diego Nunes, Rafagnin ainda defendeu mas, na recarga, nada conseguiu fazer para parar o 4-4 de Carlos Monteiro.

A final da Supertaça seguiu, então, para prolongamento, que abriu com a quarta falta do Sporting.

Aos 42' o Benfica ficou muito perto do golo, com novo remate de Diego Nunes e, uma vez mais, a barra da baliza leonina a negar a festa encarnada.

Aos 44' foi a vez do Benfica cometer falta, a quinta, ficando assim tapado, à mercê de um livre direto dos leões no prolongamento.

Em cima do intervalo do prolongamento, tal como aconteceu no descanso do tempo regulamentar, Mário Silva solicitou o suporte de vídeo, perante uma falta de Taynan sobre Afonso Jesus, que o técnico do Benfica entendeu ser uma agressão. Os árbitros, uma vez mais, mandaram seguir, mantendo o cartão amarelo ao jogador do Sporting.

A segunda parte do prolongamento mostrou dificuldades físicas em ambas as equipas, no primeiro jogo oficial da temporada e logo em alta voltagem.

Aos 48 minutos o Sporting esteve perto do golo, após um canto de Pany Varela, com Pauleta a atirar à barra.

Depois de Diego Nunes, também Zicky Té ficou na quadra, em dificuldades físicas, antes de Nuno Dias, à entrada para o último minuto, apostar no 5 para 4, tentando evitar as grandes penalidades.

A verdade é que o feitiço virou-se contra o feiticeiro e, aos 50 minutos numa recuperação de bola ainda no meio-campo defensivo, Jacaré avançou, correu e, à entrada da área dos leões, atirou a contar para uma baliza deserta.

O Sporting manteve o 5 para 4 mas, a poucos segundos do final, não mais voltou a criar perigo junto da baliza do Benfica.