A diferença de ter Zicky Té: marca, assiste e elimina Benfica da Taça de Portugal de futsal (3-2)
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O Pavilhão João Rocha esteve bem composto para apoiar a equipa na tentativa de chegar à final eight da competição. Na quadra, os leões corresponderam e inauguraram o marcador logo aos dois minutos, num bom trabalho de Zicky Té a deixar de calcanhar para o remate de primeira de Pauleta, que apareceu sozinho em zona frontal.
A resposta surgiu, literalmente, no imediato. No reatamento, Arthur aproveitou uma bola solta, puxou para o pior pé e de ângulo apertado lançou uma bomba ao primeiro poste de Henrique. Apesar de alta rotação dos primeiros instantes, foi preciso esperar para o perigo voltar a rondar as balizas.
O próprio Henrique partiu em direção à baliza contrária e foi negado por um grande corte que levou o seu remate para fora. Na outra área, um erro na saída de Paçó quase ofereceu o golo da reviravolta, mas o guardião leonino evitou males maiores, enquanto Arthur rematou muito torto com a baliza aberta.
No último minuto antes do descanso, a turma de Nuno Dias voltou a superiorizar-se com Zicky Té a assumir um papel nuclear, primeiro ao segurar quatro(!) adversários para servir o remate torto de Paçó. A 17 segundos da buzina para o descanso, a dupla voltou a combinar num pontapé de canto, com Paçó a ganhar a primeira bola e Zicky a encostar para a baliza deserta.
Ainda assim, as águias ficaram perto do empate no último segundo, mas Henrique brilhou com uma boa defesa a remate de Chishkala.
O ritmo aumentou no recomeço e foi a vez de Léo Gugiel brilhar com duas intervenções espetaculares. O poderio físico de Zicky voltou a fazer a diferença, num lance semelhante ao do golo inaugural, com o pivot a dar para o remate de primeiro de Pauleta, desta feita travado pelo guardião.
No pontapé de canto, Pauleta armou um remate de primeira que levava selo de golo, mas o voo de Gugiel e a ajuda do poste evitaram o terceiro dos leões.
O Benfica começou a demonstrar dificuldade para segurar a bola e ameaçar a baliza contrária, pelo menos até aos últimos 10 minutos. As águias demoraram mas, numa jogada construída com calma, Afonso Jesus encontrou Rocha no coração da área solto de marcação, que desviou ao poste.
Os últimos minutos trouxeram um ritmo frenético e uma panóplia de oportunidades para os dois lados. Léo Gugiel, em esforço, mantinha a equipa de Mário Silva na contenda, do outro lado havia manifesta falta de pontaria, nomeadamente de Arthur. A três minutos do fim, os encarnados assumiram o guarda-redes avançado.
A aposta, no entanto, saiu furada: depois de muita circulação sem finalização, o passe de Chishkala ficou nos pés de Wesley que, de um lado ao outro do campo, rematou em arco para resolver a eliminatória.
A 16 segundos do fim, Arthur ainda devolveu alguma esperança com mais um remate fantástico que entrou no ângulo, mas era demasiado tarde e o Sporting celebrou quarta vitória em cinco dérbies de Lisboa esta época.