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Governo quer "fazer crescer acima de 20%" as verbas para Jogos Los Angeles-2028

Primeiro-ministro recebeu atletas Olímpicos e Paralímpicos
Primeiro-ministro recebeu atletas Olímpicos e ParalímpicosLUSA
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou esta quarta-feira a intenção de “fazer crescer acima de 20%” o valor alocado aos contratos-programas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Los Angeles-2028, na receção aos atletas que estiveram em Paris-2024.

A minha expectativa é que nós possamos fazer crescer acima de 20% o valor que esteve alocado ao projeto olímpico que terminou agora em Paris com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, do ponto de vista da preparação, do ponto de vista da criação de condições para, usando uma linguagem também desportiva, mas positiva, atacarmos o próximo objetivo olímpico e paralímpico em 2028”, declarou hoje o primeiro-ministro.

Luís Montenegro discursava nos jardins de São Bento perante os atletas olímpicos e paralímpicos que representaram Portugal em Paris-2024, já depois de condecorar os medalhados lusos na capital francesa, tendo salientado que este reforço “significativo” das verbas corresponde à vontade do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, dos Secretários de Estado e também do primeiro-ministro.

No ciclo olímpico de Paris-2024, o valor global de apoio do Governo, então liderado por António Costa, foi de 31,2 milhões de euros, sendo 22 milhões referentes ao contrato-programa do Comité Olímpico e 9,2 milhões para o Comité Paralímpico, para o período de 2022-2025.

Este quadriénio que medeia entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris e os Jogos de Los Angeles em 2028, por casualidade, corresponde ao quadriénio da ação deste Governo. E portanto, estamos nesta batalha em concreto, desculpem-me a expressão, no mesmo barco. Vamos percorrer estes quatro anos, cada um com as suas exigências, cada um com as suas necessidades de superação e de trabalho, para atingir um resultado. E no campo desportivo, e no campo olímpico e paralímpico em particular, eu quero dizer-vos que nós vamos mesmo reforçar a nossa disponibilidade de apoio, portanto, o nosso apoio efetivo”, tinha começado por dizer Luís Montenegro.

O apoio governativo, esclareceu, também incidirá no acompanhamento que as secretarias de Estado do Desporto e da Ação Social e da Inclusão podem prestar, a nível “administrativo, logístico”, de modo a “poder facilitar a organização de eventos”

Acreditem que quero muito percorrer convosco, como elemento da vossa equipa, o avançar para podermos chegar a 2028 no nosso pico de forma e podermos ter ainda melhores resultados. Não é pelos resultados em si - é também por eles, com certeza, é também porque eles são a melhor forma de retribuição do esforço, mas é também porque este é um esteio fundamental da política desportiva que nós podemos incrementar no país. Para nós podermos generalizar a prática desportiva, para nós podermos ter maior capacidade de recrutamento, para podermos chamar para os ciclos de evolução da alta competição mais atletas, nós temos de investir”, defendeu.

Para o primeiro-ministro, é preciso “investir de uma forma transversal”, revelando também que o executivo quer ainda trabalhar “no apoio ao nível da conciliação entre as atividades profissionais e as atividades desportivas, quando é o caso, e estas duas com a vida pessoal de cada um”.

Posteriormente, questionado pelos jornalistas sobre a intenção de aumentar as verbas destinadas à preparação para os Jogos Olímpicos Los Angeles-2028, o líder do executivo esclareceu que ainda estão a trabalhar o tema “dentro do Governo”.

Aquilo que assumo é que faremos um reforço financeiro, mas não só (...) para todo o projeto de preparação dos Jogos de 2028, numa estratégia que não visa a procura do resultado por si só – embora isso seja importante -, visa estimular a prática de desporto em Portugal, aumentarmos os nossos níveis de saúde física e mental”, insistiu.

Portugal esteve representado por 73 atletas nos Jogos Olímpicos Paris-2024, tendo conquistado quatro medalhas: o ouro no Madison de Rui Oliveira e Iúri Leitão, que também se sagrou vice-campeão no omnium, a prata de Pedro Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio nos -78 kg.

Nos Jogos Paralímpicos, a missão portuguesa saiu de Paris com sete medalhas: duas de ouro, de Miguel Monteiro, no lançamento do peso F40, e de Cristina Gonçalves, boccia BC2, uma de prata, do atleta Sandro Baessa, nos 1500 metros T20, e quatro de bronze, da atleta Carolina Duarte, nos 400 metros T13, do nadador Diogo Cancela, nos 200 metros estilos SM8, do judoca Djibrilo Iafa (-73kg J1) e ainda do ciclista Luís Costa (no contrarrelógio H5), que teve um controlo positivo na capital francesa e se encontra suspenso preventivamente.