Gravina e Mancini ainda não esqueceram o "divórcio" litigioso na seleção italiana
"Neste momento, ainda não consigo tirar a amargura que senti. Também fiquei magoado com o sucedido", afirmou Gabriela Gravina.
O correspondente do Iene, Stefano Corti, encontrou o presidente e o ex-selecionador, e entrevistou-os separadamente, para o programa que vai para o ar esta noite.
"Partilhei cinco anos com o Roberto e quando se vive cinco anos de sensibilidade, de emoções fortes, de um resultado histórico (a conquista do Campeonato da Europa), como é que se pode negar tudo? Seria uma derrota incrível para mim pensar que investi numa relação humana que depois não deixa nada para trás", acrescentou Gabriele Gravina.
Gravina também negou que Mancini o tenha procurado várias vezes para falar dos problemas e das razões pelas quais queria deixar a seleção.
"Não, Roberto e eu não falámos sobre esse assunto, nem nos cinco anos nem um minuto antes de ele se querer demitir", afirmou.
Mancini: "Saí por muitas razões, sim, até por dinheiro"
"Digamos que depois de tantos anos era preciso tomar uma decisão. Talvez devesse ter sido tomada um pouco mais cedo", respondeu Mancini.
"Mas, ao mesmo tempo, também compreendo que se possa estar magoado. Também eu fiquei magoado com muitas coisas, e com muita pena porque teria ficado mais dez anos se tivesse sido possível", acrescentou o treinador.
"Alguma coisa mudou em relação ao passado, mas posso dizer uma coisa? Quando havia jornais, jornalistas, editores e proprietários de jornais sérios, escreviam-se coisas verdadeiras, agora escrevem-se muitos disparates. As coisas que se escrevem são, na sua maioria, disparates: saí por muitas razões. O dinheiro? Uma das motivações é também essa", concluiu Mancini.