Henderson sobre as críticas ao Catar: "Nada do que fizermos será suficiente"
O tratamento do Catar aos trabalhadores estrangeiros e as leis sociais restritivas levaram a um conjunto alargado de críticas à escolha da FIFA em atribuir a organização do Mundial-2022 ao Catar.
Agora, Jordan Henderson, médio da seleção inglesa e apoiante da campanha lançada pela organização não governamental Stonewall, que prevê a utilização de atacadores com as cores do arco-íris, como forma de apoio à comunidade LGBT, assume que o foco estará nos jogadores e naquilo que estes podem fazer para contribuir para a causa.
"Estou consciente de que nada do que fizermos enquanto equipa ou enquanto jogadores será suficiente", explicou no programa BBC Breakfast, acrescentando que quem tomar uma posição terá de "estar satisfeito consigo próprio e saber que aquilo que está a fazer é o correto".
A seleção australiana lançou, na última semana, um vídeo em que criticava as violações de direitos humanos e a postura do país catari no que diz respeito a relações entre pessoas do mesmo sexo.
"Enquanto jogadores, apoiamos totalmente os direitos das pessoas LGBTI+, mas no Catar as pessoas não são livres de amar quem escolhem", sublinhou o médio Denis Genreau no mesmo vídeo.
A Dinamarca, por seu lado, vai utilizar um terceiro equipamento preto durante o Mundial-2022, como forma de protesto contra as políticas do Catar, algo que para a Hummel, marca responsável pelos equipamentos da seleção escandinava, representa "a cor do luto".
Recorde-se que Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Catar, insurgiu-se recentemente pela "campanha sem precedentes" contra o país, alegando que parte das críticas foram construtívas, enquanto outras não passavam de "invenções e duplos padrões".