Hóquei em patins femininos: As declarações após o Portugal - Inglaterra (13-1)
Hélder Antunes (Selecionador de Portugal):
“Nós tornámos o jogo fácil. As jogadoras sabiam de antemão que nós éramos favoritos, mas que o jogo podia-se complicar se nós facilitássemos.
As jogadoras, mais uma vez da forma séria como têm estado desde o início do estágio, a trabalhar diariamente, e têm estado também neste Mundial, encararam o jogo de forma séria, tentaram desbloquear o jogo rapidamente, para termos essa tranquilidade e fazer um bom jogo. Mesmo depois havendo estas diferenças, a equipa portuguesa acabou por fazer um jogo positivo.
Serviu para fazer essas experiências e também testar algumas duplas em campo, uma ou outra situação, porque nós também ainda temos alguns trunfozitos guardados na manga para continuar a jogar este jogo.
Eu não queria estar a falar da Itália, porque para falar da Itália tenho de falar da Colômbia (possíveis adversários nas meias-finais), por uma questão de respeito para com os adversários. Ou falar dos dois ou não falar de nenhum. Há sempre aquela questão do fator casa, mas podem acreditar que a seleção portuguesa não está preocupada com a equipa da casa ou a equipa do continente sul-americano.
A equipa portuguesa está preparada para jogar em qualquer ambiente. Acreditem nisto que estamos a dizer. Tenhamos ou não mais apoio ou menos apoio na bancada, isso não influencia, nós estamos vacinados contra isso, porque nós estamos preocupados com aquilo que nós controlamos que é dentro da pista.
Se elas estiverem focadas, como têm estado até agora, nós conseguimo-nos abstrair, temos tido uma capacidade espetacular para nos abstrair de imenso ruído. E elas vão continuar assim. Pode estar o pavilhão cheio de colombianos ou cheio de italianos, a equipa portuguesa vai estar preparadíssima para essa meia-final. Se nos sair o emparelhamento com a seleção da Itália, vamos apanhar uma Itália que nos vai dar mais posse de bola, vai jogar nas transições e tem uma das melhores guarda-redes do mundo. É uma equipa muito forte nas transições ofensivas e que defende com um bloco muito coeso no corredor central.
Se sair um emparelhamento com a Colômbia, vamos ter uma equipa que também defende com um bloco baixo, uma excelente guarda-redes, com seis jogadoras que jogam em Espanha, com alguma experiência competitiva, e uma equipa que faz também de a sua arma forte as transições ofensivas, com uma pequena diferença, é que busca as transições ofensivas mais de uma forma individualizada, de um contra um ou dois contra dois”.
Sofia Moncóvio (Jogadora de Portugal):
“Acho que o jogo foi mais tranquilo, mais fácil, porque nós assim o tornámos. Acho que enfrentámos este jogo com a mesma seriedade com que o vamos para todas as partidas que disputámos até agora. Acho que foi o facto de termos aplicado os processos que trabalhamos até agora que o tornou fácil. Obviamente que se calhar enfrentámos uma equipa que não tinha os mesmos argumentos que todas as outras que enfrentámos até agora, mas foram os nossos processos que o tornaram fácil.
Acho que a única coisa que (a vitória sobre a Argentina) muda para nós é a parte dos emparelhamentos que nós podíamos enfrentar as meias-finais, até uma final. Há uma coisa que se aprende no desporto, que é as vitórias e as derrotas duram 24 horas. E caso tivéssemos ganho ou perdido, passado 24 horas já passou. E ok, aquela vitória motivou-nos, mas já foi. De que serve essa vitória se nós tivéssemos perdido hoje ou se perdêssemos amanhã? Não serve nada, portanto, motiva-nos sim, enquanto grupo, enquanto aquilo que é o conhecimento das nossas capacidades próprias, mas nada muda aquilo que poderá ser o nosso trajeto.
(Itália) Acho que é uma equipa bastante aguerrida, como tem demonstrado em todas as competições internacionais com que já a enfrentámos. Apesar de não ser uma equipa com muita rotação, têm uma capacidade física bastante boa, são também taticamente bastante evoluídas, algumas jogadoras que já são muito experientes, e acho que é isso que temos de contar e é isso para o qual nos vamos preparar”.