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Houve um Bonfim mas foi preciso tempo extra: Nacional tomba o 'gigante' Casa Pia (5-2)

Mário Rui Ventura
Ricardo Batista parou o que podia, Vasco Fernandes foi expulso e Dudu esteve pertíssimo de marcar
Ricardo Batista parou o que podia, Vasco Fernandes foi expulso e Dudu esteve pertíssimo de marcarLUSA
Surpresa no Estádio do Bonfim, casa emprestada do Casa Pia, equipa sensação do campeonato que caiu, nos quartos de final da Taça de Portugal, diante do Nacional. Reduzido a dez jogadores logo aos 17 minutos, o Casa Pia ainda conseguiu recuperar de uma desvantagem de dois golos, levar o jogo para prolongamento mas aí, com dois penáltis e nova expulsão, a do capitão Vasco Fernandes, os lisboetas caíram mesmo da prova rainha do futebol português diante da equipa da Liga 2.

Recorde as incidências da partida

O Casa Pia, na melhor prestação de sempre na Taça de Portugal, voltou a rodar no onze inicial, com Filipe Martins a prescindir de cinco dos titulares na partida com o Benfica, na última jornada do campeonato, diante de um Nacional, orientado por Filipe Cândido, que já esteve por três vezes nas meias-finais da prova rainha do futebol português.

Os onzes de Casa Pia e Nacional
Os onzes de Casa Pia e NacionalFlashscore

O Nacional entrou melhor e aos 12 minutos Dudu picou sobre Ricardo Batista e foi João Nunes a evitar o golo em cima da linha. Depois, aos 17', foi Zé Manuel a rematar, para defesa a dois tempos do guarda-redes do Casa Pia.

Nesse mesmo minuto, e depois do cartão amarelo visto aos 7', por falta sobre Witi, João Nunes travou Zé Manuel e viu o segundo amarelo, sendo expulso e deixando o Casa Pia em inferioridade numérica muito cedo na partida.

Aos 22 minutos foi, uma vez mais, Zé Manuel a rematar, de ângulo apertado, após boa jogada de Witi na esquerda, valendo Ricardo Batista, que voltou a estar em evidência aos 33 minutos, parando o remate de Carlos Daniel, após cruzamento de Dudu.

Filipe Martins não esperou mais e aos 34 minutos retirou o médio Neto, lançando o central Fernando Varela para refazer a linha de três centrais.

Aos 44 minutos foi o Casa Pia a ficar pertíssimo do golo, com o cruzamento de Soma, da direita, a encontrar Clayton que, com um remate de calcanhar, viu Rui Encarnação negar-lhe o 1-0, desviando para canto.

Na resposta, e num lance que nasce de um lançamento lateral do Casa Pia, surge o golo do Nacional, aos 44 minutos: assistência de Carlos Daniel e um remate cruzado, fortíssimo, de brilhante execução, de Luís Esteves, sem hipótese para Ricardo Batista, a colocar os insulares na frente da eliminatória.

O bis e o golo a relançar

A segunda parte começou como terminou a primeira. Sim, exatamente igual. 32 segundos de jogo, cruzamento atrasado de Witi da esquerda e Luís Esteves, à entrada da área, de pé esquerdo, a rematar para mais um grande golo, bisando na partida e deixando o Casa Pia com uma tarefa bem mais complicada.

Aos 53 minutos foi Soma, uma vez mais, a levar o Casa Pia para a frente, recuperando uma bola no meio-campo e rematando ao lado. Estava dado o mote para o que viria segundos depois: Soma, quem mais, a conduzir da direita e a cruzar para Diogo Pinto, ao segundo poste, aparecer para encostar para o golo do Casa Pia, relançando a eliminatória.

Parecia um duelo

Aos 58 minutos, Diogo Pinto tentou imitar Luís Esteves: grande remate em zona frontal, com a bola a passar a barra da baliza do Nacional. Seria o bis.

Parecia mesmo um duelo. É que aos 61 minutos, novamente com Witi a cruzar atrasado da esquerda para a entrada da área, Luís Esteves rematou colocado e Ricardo Batista voou para negar o hat trick.

Aos 78 minutos, ocasião soberana para o Nacional fechar a eliminatória, com um grande passe de Rúben Ramos a isolar Dudu que, na cara de Ricardo Batista, rematou ao lado.

Falhou o Nacional, não falhou o Casa Pia: minuto 80', cruzamento da direita de Lucas Soares e Rafael Martins, que havia sido lançado por Filipe Martins aos 75 minutos, para o lugar de Derick Poloni, a fazer o 2-2 de cabeça.

Em cima do minuto 90, remate colocado de Rafael Martins, para Rui Encarnação segurar. No penúltimo dos sete minutos de compensação, cruzamento de João Aurélio, cabeceamento de Rúben Macedo e Ricardo Batista a segurar.

Menos dois logo a abrir

Lembra-se como começou a segunda parte? Pois bem, primeiro minuto do prolongamento, remate de Pipe Gómez, enorme defesa de Ricardo Batista e o árbitro a assinalar penálti e a mostrar o segundo amarelo a Vasco Fernandes, que desvio a bola com o braço direito.

Na conversão da grande penalidade, aos 94 minutos, Danilovic a rematar para a direita, Ricardo Batista a adivinhar o lado mas a não conseguir chegar à bola. Estava feito o 3-2, Nacional uma vez mais na frente, agora perante nove jogadores do Casa Pia.

Aos 101 minutos, novamente o Casa Pia, após livre de Kuni da esquerda, com Fernando Varela a desviar para o ferro e, na recarga, Baró a atirar por cima.. Aos 103' novamente Baró a combinar com Godwin e o remate do extremo ao lado.

Nos descontos da primeira parte do prolongamento, porém, mais um penálti a favor do Nacional: Beni derrubou Gustavo e, na conversão, Bruno Gomes fez o 2-4, aos 105+3 minutos - desta vez Ricardo Batista, além de adivinhar o lado direito, ainda tocou na bola.

Na segunda parte do prolongamento, o Nacional conseguiu mesmo chegar à mão cheia de golos. Aos 108 minutos foi Pipe Gómez a lançar Gustavo Silva que, depois de contornar Ricardo Batista, encostou para o 5-2.

A partir daí, com a eliminatória fechada, o Nacional limitou-se a trocar a bola no seu meio-campo, num pacto de não-agressão, à espera do apito final de Miguel Nogueira para fazer a festa. Os insulares estão pela quarta vez numa meia-final da Taça de Portugal, onde vão defrontar SC Braga ou Benfica.

Homem do jogo Flashscore: Luís Esteves (Nacional)

Estatística final do Casa Pia-Nacional
Estatística final do Casa Pia-NacionalFlashscore