Houve um Bonfim mas foi preciso tempo extra: Nacional tomba o 'gigante' Casa Pia (5-2)
Recorde as incidências da partida
O Casa Pia, na melhor prestação de sempre na Taça de Portugal, voltou a rodar no onze inicial, com Filipe Martins a prescindir de cinco dos titulares na partida com o Benfica, na última jornada do campeonato, diante de um Nacional, orientado por Filipe Cândido, que já esteve por três vezes nas meias-finais da prova rainha do futebol português.
O Nacional entrou melhor e aos 12 minutos Dudu picou sobre Ricardo Batista e foi João Nunes a evitar o golo em cima da linha. Depois, aos 17', foi Zé Manuel a rematar, para defesa a dois tempos do guarda-redes do Casa Pia.
Nesse mesmo minuto, e depois do cartão amarelo visto aos 7', por falta sobre Witi, João Nunes travou Zé Manuel e viu o segundo amarelo, sendo expulso e deixando o Casa Pia em inferioridade numérica muito cedo na partida.
Aos 22 minutos foi, uma vez mais, Zé Manuel a rematar, de ângulo apertado, após boa jogada de Witi na esquerda, valendo Ricardo Batista, que voltou a estar em evidência aos 33 minutos, parando o remate de Carlos Daniel, após cruzamento de Dudu.
Filipe Martins não esperou mais e aos 34 minutos retirou o médio Neto, lançando o central Fernando Varela para refazer a linha de três centrais.
Aos 44 minutos foi o Casa Pia a ficar pertíssimo do golo, com o cruzamento de Soma, da direita, a encontrar Clayton que, com um remate de calcanhar, viu Rui Encarnação negar-lhe o 1-0, desviando para canto.
Na resposta, e num lance que nasce de um lançamento lateral do Casa Pia, surge o golo do Nacional, aos 44 minutos: assistência de Carlos Daniel e um remate cruzado, fortíssimo, de brilhante execução, de Luís Esteves, sem hipótese para Ricardo Batista, a colocar os insulares na frente da eliminatória.
O bis e o golo a relançar
A segunda parte começou como terminou a primeira. Sim, exatamente igual. 32 segundos de jogo, cruzamento atrasado de Witi da esquerda e Luís Esteves, à entrada da área, de pé esquerdo, a rematar para mais um grande golo, bisando na partida e deixando o Casa Pia com uma tarefa bem mais complicada.
Aos 53 minutos foi Soma, uma vez mais, a levar o Casa Pia para a frente, recuperando uma bola no meio-campo e rematando ao lado. Estava dado o mote para o que viria segundos depois: Soma, quem mais, a conduzir da direita e a cruzar para Diogo Pinto, ao segundo poste, aparecer para encostar para o golo do Casa Pia, relançando a eliminatória.
Parecia um duelo
Aos 58 minutos, Diogo Pinto tentou imitar Luís Esteves: grande remate em zona frontal, com a bola a passar a barra da baliza do Nacional. Seria o bis.
Parecia mesmo um duelo. É que aos 61 minutos, novamente com Witi a cruzar atrasado da esquerda para a entrada da área, Luís Esteves rematou colocado e Ricardo Batista voou para negar o hat trick.
Aos 78 minutos, ocasião soberana para o Nacional fechar a eliminatória, com um grande passe de Rúben Ramos a isolar Dudu que, na cara de Ricardo Batista, rematou ao lado.
Falhou o Nacional, não falhou o Casa Pia: minuto 80', cruzamento da direita de Lucas Soares e Rafael Martins, que havia sido lançado por Filipe Martins aos 75 minutos, para o lugar de Derick Poloni, a fazer o 2-2 de cabeça.
Em cima do minuto 90, remate colocado de Rafael Martins, para Rui Encarnação segurar. No penúltimo dos sete minutos de compensação, cruzamento de João Aurélio, cabeceamento de Rúben Macedo e Ricardo Batista a segurar.
Menos dois logo a abrir
Lembra-se como começou a segunda parte? Pois bem, primeiro minuto do prolongamento, remate de Pipe Gómez, enorme defesa de Ricardo Batista e o árbitro a assinalar penálti e a mostrar o segundo amarelo a Vasco Fernandes, que desvio a bola com o braço direito.
Na conversão da grande penalidade, aos 94 minutos, Danilovic a rematar para a direita, Ricardo Batista a adivinhar o lado mas a não conseguir chegar à bola. Estava feito o 3-2, Nacional uma vez mais na frente, agora perante nove jogadores do Casa Pia.
Aos 101 minutos, novamente o Casa Pia, após livre de Kuni da esquerda, com Fernando Varela a desviar para o ferro e, na recarga, Baró a atirar por cima.. Aos 103' novamente Baró a combinar com Godwin e o remate do extremo ao lado.
Nos descontos da primeira parte do prolongamento, porém, mais um penálti a favor do Nacional: Beni derrubou Gustavo e, na conversão, Bruno Gomes fez o 2-4, aos 105+3 minutos - desta vez Ricardo Batista, além de adivinhar o lado direito, ainda tocou na bola.
Na segunda parte do prolongamento, o Nacional conseguiu mesmo chegar à mão cheia de golos. Aos 108 minutos foi Pipe Gómez a lançar Gustavo Silva que, depois de contornar Ricardo Batista, encostou para o 5-2.
A partir daí, com a eliminatória fechada, o Nacional limitou-se a trocar a bola no seu meio-campo, num pacto de não-agressão, à espera do apito final de Miguel Nogueira para fazer a festa. Os insulares estão pela quarta vez numa meia-final da Taça de Portugal, onde vão defrontar SC Braga ou Benfica.
Homem do jogo Flashscore: Luís Esteves (Nacional)