"Para mim, as duas coisas são importantes, mas vou ser sincera: se ficasse em terceiro, em segundo ou mesmo em quarto lugar, eu, se tivesse a quota conquistada, já ficava feliz da minha vida, porque era esse o grande objetivo e o ouro só veio complementar tudo", disse à agência Lusa a atiradora, hoje sagrada campeã em Osijek, Croácia.
Para Inês Barros, fica seguramente a "sensação do objetivo realizado, pelo qual muito tempo se tem trabalhado e finalmente acontece".
"Desde sempre, desde que comecei a atirar, que tenho os meus objetivos bem definidos para os Jogos, mas agora só quero mesmo é desfrutar de tudo o que aconteceu nesta prova", confessa a atiradora, que espera ser a representante lusa em Paris: "No nosso desporto, quem ganha a quota é quem vai, a não ser por motivos de força maior - se acontecer alguma coisa imprevista, é que não será assim".
A atiradora lusa reconhece, à Lusa, a importância do apuramento feminino inédito, até mesmo por uma questão de imagem global.
"É dizer que nós, mulheres, também estamos aqui, e ainda temos hipóteses de preencher a outra vaga. Acredito nisso e acredito que isto ainda vai melhorar muito e vai melhorar a imagem do tiro como desporto de homens”, defendeu.