A eliminação do PSG nos oitavos de final da Liga dos Campeões, diante do Bayern, fez abanar o projeto da equipa parisiense. Os responsáveis encontram-se num debate interno para decidir o rumo da equipa e uma das questões em cima da mesa são os 40 milhões de euros auferidos por Messi, de 35 anos, cujo contrato termina este verão.
Este valor permitira maior desafogo ao PSG para atacar o próximo mercado de transferências e manter controlado um orçamento que já se encontra sob apertada supervisão do Fair-Play financeiro da UEFA. Factores eu estão a gerar uma forte discussão na cúpula parisiense, segundo avança o L’Équipe.
Perante esta perspetiva, existe uma equipa que parece mais decidida quanto ao que fazer com Messi: o Inter Miami. A mesma fonte avança que o emblema norte-americano, fundado por David Beckham, está disposto a avançar para a contratação do jogador argentino em junho e para isso prepara uma proposta criativa.
À semelhança do que acontece nos principais desportos dos Estados Unidos da América (basebol, basquetebol, futebol americano e hóquei no gelo), as equipas estão obrigadas a tectos salariais mais restritos, no qual têm de acomodar os valores recebidos por um plantel inteiro. Contudo, o Inter Miami tenta contornar essa limitação com um acordo semelhante ao que David Beckham assinou quando se mudou para os Los Angeles Galaxy, que inclui outro tipo de pagamentos além do vencimento.
Para já, a MLS mostrou total apoio ao Inter Miami para conseguir incorporar Lionel Messi, numa manobra mediática sem precedentes e que chega numa altura em que os Estados Unidos estão a preparar a organização do Mundial-2026, em conjunto com Canadá e México. Além disso, o jogador também desfruta do país, onde é o proprietário de uma luxuosa casa na Flórida.
A regra Beckham
Talvez o jogador inglês mais mediático da história do futebol, David Beckham concretizou uma surpreendente transferência em 2007, ao mudar-se do Real Madrid para os Los Angeles Galaxy. Na altura, para contornar os problemas do tecto salarial, a MLS criou a figura do jogador designado – um atleta cujo vencimento ficava fora das contas totais do clube – que viria a ser conhecida como a regra Beckham. Assim, dos 6 milhões auferidos anualmente, apenas 375 mil euros entravam para as contas do tecto salarial dos Los Angeles Galaxy.
Contudo, este continuava a ser um valor pouco atrativo para alguém que ganhava à volta dos 18 milhões de euros anuais no Real Madrid. Então, os Los Angeles Galaxy e a MLS encontraram uma forma criativa de dar a volta ao processo: o clube garantiu parte das receitas ao atleta (isto incluiu merchandise, bilhética e patrocínios), enquanto a liga deu-lhe o direito de criar um franchise por 23 milhões de euros (que utilizou com o Inter Miami).