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Itália de luto: morre Totò Schillaci, herói das "noites mágicas" no Mundial-1990

Totò Schillaci no "Festival dello Sport" em 2019
Totò Schillaci no "Festival dello Sport" em 2019AFP / MASSIMO BERTOLINI / NurPhoto / NurPhoto via AFP
O antigo avançado da seleção italiana, que levou a Squadra Azurra até às meias-finais do Campeonato do Mundo de Itália, morreu em Palermo após uma longa luta contra uma doença oncológica.

O mundo do futebol italiano chora a morte de Totò Schillaci, que faleceu aos 59 anos devido a uma doença grave. O jogador estava a ser tratado há alguns anos e esteve internado no Hospital Cívico de Palermo em estado muito grave durante vários dias.

Após o internamento, o seu estado de saúde tinha melhorado ligeiramente, de tal modo que havia esperança de uma recuperação. Infelizmente, nas últimas horas, o estado do futebolista foi-se agravando progressivamente. Agora chega a notícia da sua morte.

A lenda

Totò Schillaci conquistou o estatudo de lenda do futebol italiano e mundial: é recordado pelas suas "noites mágicas" e pelos seus golos no Campeonato do Mundo de 1990, competição em que a seleção italiana terminou em terceiro lugar, durante a qual o avançado também ganhou os títulos de melhor marcador e melhor jogador da competição.

No mesmo ano, ficou em segundo lugar no ranking da Bola de Ouro, atrás do alemão Lothar Matthäus, vencedor do Campeonato do Mundo de Itália com a sua seleção. O bombardeiro italiano vestiu as camisolas do Messina, da Juventus e do Inter, bem como a do japonês Jubilo Iwata.

"Ele tinha um desejo de marcar golos como ninguém", disse Franco Scoglio, o seu antigo treinador no Messina, que ficou maravilhado com as suas capacidades e fome.

O início e a fama

Nascido e criado no bairro operário de CEP, em Palermo, ele começou a jogar nas categorias de base de um conjunto de bairro da capital siciliana, antes de ser contratado pelo Messina na Série C2 em 1982, com o qual foi promovido para a Série B em 1985-86, protagonizando uma grande temporada de 11 golos.

Sob a orientação de Scoglio e Zeman, Schillaci tornou-se um verdadeiro matador puro-sangue, atraindo a atenção da Juventus, que avançou para a sua contratação em 1989.

A viragem bianconeri

Na sua primeira época na Juventus, conquistou imediatamente a posição de titular e marcou 15 golos em 30 jogos do campeonato, adquirindo a alcunha de Totò-Gol e contribuindo de forma decisiva para a dupla conquista da Taça de Itália e da Taça UEFA pelo clube de Turim.

As suas boas prestações na Juventus levaram à sua primeira convocatória para a seleção italiana em 1990, com o treinador Azeglio Vicini a incluí-lo na equipa Azzurra para o Campeonato do Mundo de 1990, em Itália. Foi aí que se tornou o herói.

A experiência japonesa

Primeiro no Inter, depois no Japão, Schillaci completou a sua carreira de futebolista, sem nunca deixar de marcar golos.

No Júbilo Iwata, no Japão, tornou-se o primeiro futebolista italiano a jogar na liga japonesa. Também aí, Schillaci ganhou fama, marcando na sua estreia e contabilizado 56 vezes em 78 jogos.

"Só me resta um arrependimento: nunca ter vestido a camisola do Palermo. Teria feito isso até de graça". Amor pelo seu país, pelo seu Palermo e pelo futebol: Totò Schillaci permanecerá no coração de todos os italianos, que se alegraram com ele nas "noites mágicas" de Itália-90 e que, sem dúvida, o recordarão com afeto.