Ihar Boki, 30 anos, que é deficiente visual, já ultrapassou na sexta-feira o atirador sueco Jonas Jacobsson no número de medalhas de ouro paralímpicas que conquistou, elevando para 20 o seu registo em quatro edições da competição.
Ele fica atrás apenas do americano Trischa Zorn (32 títulos entre 1980 e 2004).
Depois de ter vencido os 100m mariposa, os 100m costas e os 400m livres, desta vez ganhou os 50m livres em 23,65, apenas 12 centésimos melhor do que a ucraniana Illia Yaremenko e 20 à frente de outro ucraniano, Oleksii Virshenko.
O atleta compete na categoria S13, para atletas com cegueira ligeira.
Atualmente, é o atleta mais bem sucedido destes Jogos e, na terça-feira, terá a oportunidade de aumentar o seu gigantesco recorde nos 200 metros medley SM13, uma prova em que é bicampeão e em que pode somar a 21.ª medalha de ouro.
Boki começou a sua busca em Londres-2012 e, desde então, tem estado quase sozinho no degrau mais alto do pódio, com apenas uma medalha de prata e uma de bronze nas suas 20 conquistas.
Na Arena La Défense, em Paris, a sua bandeira não foi hasteada e o hino paralímpico não foi tocado para celebrar o seu sucesso. A razão? As sanções internacionais impostas à Rússia e aos seus aliados desde o início da guerra contra a Ucrânia.