Antigo proprietário do Club Deportivo Lara, Jorge Gimenez foi eleito em assembleia-geral extraordinária, em Caracas, à frente de uma candidatura única para o mandato 2024-2028. O processo estava inicialmente previsto para 2025.
A votação revalidou ainda Pedro Infante, deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e antigo ministro do Desporto do governo de Nicolás Maduro,como primeiro vice-presidente da Federação Venezuelana de Futebol.
A FVF, num comunicado publicado por volta da meia-noite, depois de um dia marcado pelo secretismo, refere que as eleições antecipadas respondem a um pedido da CONMEBOL, na sequência de uma reforma dos estatutos aprovada em 2022 para os tornar mais "alinhados com as orientações" da FIFA.
"Numa comunicação enviada em janeiro deste ano, a FVF foi instada a tomar as ações e diligências necessárias para que estes estatutos estivessem em vigor e em pleno efeito operacional", refere o documento.
Giménez, antigo empreiteiro da empresa petrolífera estatal PDVSA, assumiu o cargo em 2021.
Ganhou então uma eleição realizada sob a batuta de um conselho nomeado pela FIFA após a prisão por acusações de corrupção do seu antecessor, Jesus Berardinelli, e a sua morte sob custódia policial por insuficiência respiratória.
Foi o auge das tensões após a detenção do presidente do organismo por 28 anos, Rafael Esquivel, a 27 de maio de 2015, na Suíça, no início do escândalo FIFAgate.
"A nossa responsabilidade é ainda maior", explicou Jorge após a sua ratificação, como citado na nota divulgada pela instituição.