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Paris-2024: Judoca Jorge Fonseca tem nos Jogos objetivo "macro" e perde Mundiais

Jorge Fonseca abdica dos Mundiais para se concentrar nos Jogos Olímpicos
Jorge Fonseca abdica dos Mundiais para se concentrar nos Jogos OlímpicosLUSA
O bicampeão mundial de judo Jorge Fonseca optou por abdicar dos Mundiais deste ano em Doha, para se concentrar num regresso a 100% e quando o grande objetivo é uma nova medalha olímpica, em Paris-2024.

É o objetivo macro. Todos os nossos esforços, atitudes, treino, são para ter sucesso nos Jogos Olímpicos. Uma preparação para voltar a ganhar e é por isso que abdicámos do Mundial, com muita pena”, disse à agência Lusa o treinador Pedro Soares.

O técnico do Sporting e também da seleção nacional justificou que Jorge Fonseca, o melhor judoca português da atualidade, campeão mundial em 2019 e 2021, os primeiros títulos de Portugal na modalidade, não teria em Doha uma participação no seu pico.

Não seria uma participação a 100%, nem a 50%. Importa não ir atrás da sorte”, sublinhou Pedro Soares, em relação à competição a disputar dentro de pouco mais de três semanas, entre 07 e 14 de maio, no Qatar.

Jorge Fonseca, que compete em -100 kg, não atravessa um período fácil. Ainda em 2022 esteve lesionado no joelho, o que o levou a falhar a presença no Masters em dezembro, e, já este ano, sofreu uma rotura muscular no Grand Slam de Telavive, em fevereiro.

O Jorge teve uma rotura com alguma extensão, previa uma paragem de seis a oito semanas – foram oito - e mesmo seis seria curto para estar no Mundial”, explicou ainda à Lusa o selecionador nacional.

Em Telavive, o judoca do Sporting sofreu uma “rotura na face anterior da coxa”, com uma avaliação de três centímetros e já a afetar o tendão.

Começou ontem (terça-feira) a fazer trabalho técnico, com uma integração progressiva, até fazer ‘randori’ (luta no treino)”, adiantou Pedro Soares.

O judoca, que já liderou durante largo tempo o ranking mundial do seu peso, é atualmente sexto classificado em -100 kg e 23.º, com quota continental, no apuramento olímpico, numa corrida em que as provas passam a contar a 100% a partir do Grand Slam da Mongólia, em junho.

Pedro Soares reconhece que importa voltar a subir na classificação, embora os olhos estejam postos no objetivo olímpico de uma nova medalha, depois de o judoca ter sido bronze nos Jogos de Tóquio2020, disputados em 2021.

Além de dois títulos mundiais, Jorge Fonseca juntou-se a Nuno Delgado (Sydney-2000) e Telma Monteiro (Rio-2016) como os únicos judocas lusos com medalhas em Jogos, todos com um terceiro lugar.

Ainda segundo Pedro Soares, o regresso de Jorge Fonseca deverá ocorrer em junho, com os Grand Slam do Cazaquistão e da Mongólia, este a contar já a 100% no apuramento olímpico, e depois com o Masters, antecipado este ano para agosto.