Nos seus primeiros Jogos Olímpicos, na Arena Champ-de-Mars, a judoca de 19 anos, repescada na sua categoria de peso face à exclusão de uma russa e ao afastamento de uma outra judoca, entrou confiante perante a agora italiana Kim Polling, tetracampeã europeia.
Num cenário que colocava frente a frente as duas pela terceira vez, sempre com vantagem da portuguesa, foi Pina quem procurou mais os desequilíbrios, com várias ações de ataque, perante uma adversária mais contida, mas também mais experiente.
Polling, de 33 anos e que desde março compete por Itália, depois de uma carreira na seleção neerlandesa, soube acalmar o ímpeto da judoca do Algés e Dafundo, defendendo-se de todos os ataques e com uma postura de contra-ataque.
Talvez por isso, a italiana conseguiu escapar a uma penalização por falta de combatividade, ao ser capaz de reagir com movimentos de contra, embora as ações tenham partido quase sempre da portuguesa.
Pouco depois do primeiro minuto, Pina ainda chegou a pontuar para waza-ari, anulado pela mesa de arbitragem, e em uma ou duas vezes foi ameaçada, mas evitou males maiores com a rotação e queda de barriga.
Com equilíbrio evidente, o combate seguiu para o prolongamento, o designado golden score, período após os quatro minutos iniciais e no qual quem pontuar primeiro vence, e foi o momento de vir ao de cima a experiência da italiana.
Mais desgastada, a portuguesa começou por tentar a projeção aos 04.37 e em nova tentativa, aos 05.05, Polling contra-atacou para provocar a queda lateral (waza-ari) da portuguesa, que, assim, se despediu dos seus primeiros Jogos Olímpicos.
A seleção portuguesa conta ainda com três judocas no torneio olímpico da modalidade, Jorge Fonseca (-100 kg), bronze em Tóquio-2020, e Patrícia Sampaio (-78 kg), na quinta-feira, e Rochele Nunes (+78 kg), na sexta-feira.
Catarina Costa (-48 kg), eliminada após dois combates, Bárbara Timo (-63 kg) e João Fernando (-81 kg), afastados na estreia, foram os judocas que já se despediram da competição.