Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Judo: Timo perde ao segundo combate, Egutidze e João Fernando caem na estreia

Bárbara Timo chegou a estes Mundiais como um dos nomes mais fortes entre os 11 judocas lusos
Bárbara Timo chegou a estes Mundiais como um dos nomes mais fortes entre os 11 judocas lusosLUSA
A judoca Bárbara Timo "resistiu" esta quarta-feira até ao segundo combate em -63 kg nos Mundiais em Doha, onde João Fernando e Anri Egutidze repetiram a "tendência" e perderam logo na estreia no tatami da ABHA Arena.

Bárbara Timo chegou a estes Mundiais como um dos nomes mais fortes entre os 11 judocas lusos, depois de ter sido medalha de bronze em 2022 em Tashkent, já na categoria de -63 kg, e vice-campeã mundial em 2019, em Tóquio, mas em -70 kg.

A judoca do Benfica, 10ª do mundo, ultrapassou esta quarta-feira, como expectável, a austríaca Magdalena Krssakova (32.ª), num combate que venceu por waza-ari, mas diante de Ketleyn Quadros, quarta favorita, cedeu já no prolongamento, por ippon.

Num momento em que procura progredir no ranking, quando ainda não está no top-8 e face à mudança de categoria – que a obrigou a partir detrás -, o sorteio não ajudou a judoca nascida no Rio de Janeiro e que em 2019 começou a competir por Portugal.

Timo teve pela frente uma adversária que conhece bem, com importante experiência e currículo, especialmente com o bronze olímpico ainda de 2008, e com quem tinha um frente a frente equilibrado, de uma vitória para cada.

No combate, Timo até teve vantagem, praticamente após o primeiro minuto de combate, com uma projeção que lhe deu uma waza-ari, mas sensivelmente a meio, a 02.06 dos quatro minutos, Ketleyn Quadros empatou.

Mesmo tapada com dois castigos, ainda antes do golden score, prolongamento após os quatro minutos iniciais e fase em que quem pontuar primeiro vence, a brasileira não se atemorizou, mantendo alternância de ataques.

Sem supremacia evidente de qualquer dos lados, foi Ketleyn Quadros a garantir a passagem à terceira ronda, com uma chave de braço aos 01.17 do prolongamento (05.17), eliminado Timo por ippon.

Antes, João Fernando (35.º) tinha sido o primeiro português a entrar no tatami da ABHA Arena, com o judoca do Sporting a ceder frente ao cazaque Abylaikhan Zhubanazar (22.º), com um uchi mata, num encaixe às pernas, que tentou em todo o combate.

O golpe de Zhubanazar teve, finalmente, eficácia a 01.31 minutos do final, com um ippon e para desilusão de João Fernando, que em -81 kg procura somar pontos na qualificação para os Jogos Olímpicos, categoria também de Anri Egutidze. Egutidze, que em Mundiais tem uma medalha de bronze em 2021, optou já este ano por regressar aos -81 kg, depois de ter tentado subir aos -90 kg.

O judoca do Benfica (47.º), que esteve isento na primeira ronda, não conseguiu superar o tajique Shodmon Rizoev (53.º), num combate em que esteve tapado por castigos e foi impotente para anular uma desvantagem de waza-ari, ainda a 02.11 do final. Rizoev tentou sempre arrastar o combate para o solo, com o avançar do cronómetro a não ser favorável ao judoca português, sem capacidade para fazer as pegas.

Este quarto dia dos Mundiais, destinado às categorias intermédias, ficou também marcado pela expulsão de três espetadores das bancadas da ABHA Arena, por apresentarem símbolos pró-Rússia. Os adeptos, que se recusaram a retirar o adereço, a fita de São Jorge, de listras pretas e laranjas, símbolo de fogo e pólvora e que evoca o nacionalismo russo na segunda guerra mundial, foram expulsos do recinto.

A Federação Internacional de Judo permitiu o regresso de judocas russos e bielorrussos nestes Mundiais de Doha, com estatuto neutro, conforme recomendação do Comité Olímpico Internacional, numa decisão que levou, em contrapartida, a um boicote da Ucrânia, país invadido pela Rússia.

Portugal fecha nos dois próximos dias a sua participação nestes Mundiais, na quinta-feira com Joana Crisóstomo a competir em -70 kg, e na sexta com Patrícia Sampaio em -78 kg.

Menções