"Estou a analisar atentamente a questão do investimento em clubes. Se tudo se encaixar, posso muito bem imaginar isso", disse o antigo capitão da seleção germânica numa entrevista à revista especializada kicker.
"Investir no futebol é diferente de investir num fabricante de parafusos. O futebol tem a ver com cultura, identidade e comunidade", disse Kahn, explicando as suas ambições: "Como pessoa muito empreendedora, gosto de fazer avançar coisas que não têm necessariamente nada a ver com o futebol. Mas, em última análise, o futebol é o meu ADN".
Os compromissos de antigos adversários de classe mundial são uma inspiração para os seus planos futuros. "Quando vejo que Gerard Piqué acaba de angariar 60 milhões de euros de investidores para a sua 'Kings League', isso é notável", disse Kahn, citando o envolvimento de David Beckham como dono do Inter Miami com a superestrela Lionel Messi como um possível modelo: "O seu envolvimento mostra que uma forte combinação de investimento e experiência desportiva pode trazer muitas vantagens para um clube".
Kahn sobre a regra dos 50+1
Kahn também defende uma abordagem menos dogmática para limitar a influência dos investidores no futebol alemão e a regra dos 50+1. A construção é "em última análise, um compromisso tolerado que pode ser contestado a qualquer momento", disse Kahn.
Assumir um papel na gestão operacional de um clube não é, de momento, uma questão para o antigo guarda-redes de classe mundial. "Não estou a pensar nisso neste momento". A separação do Bayern no início do verão de 2023 já foi tratada, garantiu Kahn: "Isso faz parte deste negócio".