O contrato de Hjulmand, recorde-se, expirava dentro de um ano, mas agora o acordo vai até depois do Campeonato do Mundo de 2026.

"Já disse isso muitas vezes. Penso muito pouco no planeamento da minha carreira e no que deveria fazer se quisesse isto ou aquilo. Posso dizer que tive a oportunidade de ir para grandes clubes e que podia ter assegurado a segurança financeira da minha família. Estaria a seguir o caminho mais fácil", afirmou Hjulmand, com um sorriso.

"Mas não segui. O meu valor de mercado não é o mesmo do que se fosse treinador de um clube. É assim que as coisas são", acrescentou o treinador de 51 anos.

Hjulmand não quis esperar mais tempo para prolongar o seu contrato, pois não sente que tenha terminado o desenvolvimento da seleção da Dinamarca.

"Penso que é importante para a equipa. É importante criar tranquilidade. Sou claro quanto a isso. É isso que quero fazer. Faz sentido para mim. Adoro trabalhar com a seleção nacional. Continuo orgulhoso e sinto que é o meu dever dar tudo, enquanto há quem pense que eu é que devia ser o escolhido", disse Hjulmand.

De acordo com o Ekstra Bladet, Hjulmand vai passar a receber um salário anual na ordem dos seis e os sete milhões de euros por ano. O próprio treinador não quis revelar os valores, nem sequer confirmar o aumento salarial.

"Foi simplesmente uma renovação de dois anos que foi previamente acordada. Foi apenas uma questão de carregar no botão. Não havia nada para negociar. Foi apenas para resgatar os dois anos que já tinham sido negociados", defendeu.

O director de futebol da DBU, Peter Møller, diz que os termos da renovação foram acordados em 2019, quando Hjulmand assinou um acordo para assumir o cargo de selecionador nacional em 2020. Møller também não revelou pormenores salariais.

No entanto, Hjulmand sublinha que o salário poderia ter sido muito mais elevado se tivesse aceite uma das ofertas que recebeu durante o seu tempo como selecionador nacional.

Hjulmand explicou que poderia ter aceite o dinheiro há um ano, quando recebeu uma proposta de um grande clube que poderia ter tornado a família financeiramente independente, sem revelar a identidade da oferta que recebeu.

"Posso garantir-vos isso. Podia ter aceite uma proposta para não ter de pensar tanto nas finanças da minha família. Queria fazer mais pelo meu irmão, que tem uma deficiência de desenvolvimento e contra o qual estamos a lutar contra um sistema que não faz o suficiente. Optei por não o fazer porque estou muito orgulhosa e feliz com o trabalho que fazemos aqui", revelou Hjulmand.