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Líder da federação de natação diz que desunião dificulta candidatura comum ao COP

LUSA
António Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação
António Silva, presidente da Federação Portuguesa de NataçãoFederação Portuguesa de Natação
O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN) considera que o movimento federativo “não se juntou o suficiente” para encontrar um candidato à liderança do Comité Olímpico de Portugal (COP), e atribui essa “desunião” à dependência do financiamento público.

“Poderia e deveria aparecer (um candidato saído das federações), mas o movimento desportivo ou as federações com utilidade pública e olímpicas não se juntaram o suficiente para desta organização sair uma liderança que pudesse agregar aquilo que são os interesses do desporto olímpico na olimpíada 2024-2028”, afirmou António Silva, à agência Lusa.

O dirigente, que em breve termina o terceiro e último mandato à frente da FPN e assume não estar disponível para se candidatar à liderança do COP, considera que as federações desportivas “dependem do beija-mão, ou seja dependem do financiamento público”, considerando que isso acaba por causar desunião.

“Ao assumirem determinadas posições fraturantes a criticar o sistema desportivo, as federações podem correr o risco de não serem os felizes contemplados de alguns beneplácitos, além daqueles que estão normalmente acordados nos contratos programa, e isso pode prejudicar as próprias federações”, considera António Silva.

No entender do presidente da FPN, que também lidera a European Aquatics, “não há unidade, não há um conjunto que caminha na mesma direção para que o desporto português, a exemplo da cultura, que teve agora um aumento no orçamento de 20%, tenha uma força reivindicativa, com implicação, com importância social, que lhe permita dizer: 'Não, estamos aqui queremos isto’.

“A partir do momento em que as coisas começam a apertar e há necessidade de assumir posições fraturantes, (as federações) começam a dispersar-se com o medo das repercussões e represálias”, conclui.

António Silva lembra que em 2018 cerca de uma dezena de federações, entre as quais a FPN, iniciou um movimento que se chamava plataforma do desporto federado, que foi crescendo e chegou a juntar mais de 50 organizações federativas, que defendia um “pensamento estruturado para aquilo que deveria de ser o futuro do desporto em Portugal”.

Segundo o líder da FPN, o movimento acabou por não dar frutos, devido à “dependência que as federações têm do financiamento público”.

As eleições para o COP, liderado por Artur Lopes desde a morte em agosto passado de José Manuel Constantino, deverão realizar-se no primeiro trimestre de 2025.