Liverpool e United pedem aos adeptos fim dos cânticos que evocam tragédias
“Queremos barulho, queremos que a atmosfera seja eletrizante. O que não queremos é que sejam entoados cânticos que não têm lugar no futebol”, referiu o técnico do Liverpool, o alemão Jürgen Klopp, num comunicado conjunto, divulgado pelos dois clubes.
Por seu lado, o neerlandês Erik ten Hag, que comanda o Manchester United, quer ver erradicados comportamentos que ultrapassem os “limites”.
“Todos gostamos e vibramos com a paixão dos nossos adeptos, mas há limites que não podem ser ultrapassados. É inaceitável usar vidas perdidas, para disso tentar tirar vantagem. Quem faz isso, mancha a sua reputação, a do clube e a da sua cidade”, refere o comunicado.
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A rivalidade entre os dois clubes é muito grande e é comum nos jogos entre ‘reds’ e ‘red devils’ os adeptos entoarem cânticos que lembram acontecimentos trágicos que envolveram as equipas, como o desastre aéreo que ocorreu em Munique, em 1958, ou a tragédia de Hillsborough, no final da década de 80.
Na Alemanha, em 1958, o avião no qual viajava a equipa do Manchester United despenhou-se no aeroporto de Munique, quando tentava levantar voo, causando 23 mortos, entre os quais oito jogadores da equipa.
Mais recentemente, em 1989, na cidade de Sheffield, 96 adeptos do Liverpool morreram esmagados contra as grades do estádio de Hillsborough, pouco antes de um jogo entre os ‘reds’ e o Nottingham Forest, das meias-finais da Taça de Inglaterra.
O Liverpool, que conta com os portugueses Fábio Carvalho e Diogo Jota, é sexto classificado da Liga inglesa, competição na qual o Manchester United, de Diogo Dalot e Bruno Fernandes, ocupa a terceira posição.
As duas equipas jogam no domingo, em Anfield Road, para a 26.ª jornada da Premier League.