“A Premier League era um objetivo que tinha há muito tempo. Tive oportunidades no passado, mas por várias circunstâncias pessoais não se concretizam. Depois de três anos muito intensos no Sevilha pensei em parar, fazer uma reciclagem, mas apareceu este projeto muito interessante. A equipa está numa situação complexa, mas tem muito potencial”. Foi assim que Julen Lopetegui justificou em entrevista à Marca a mudança para o Wolverhampton.
Sucessor de Bruno Lage, o espanhol de 56 anos assumiu o comando técnico do último classificado da Premier League naquela que vai ser a primeira aventura no futebol inglês. A quatro pontos do Everton, primeira equipa acima da zona de despromoção, vai ter um trabalho árduo para manter os lobos no topo.
“Vamos ter de convencer os jogadores que têm mais qualidade do que a demonstrada até agora. Vamso também procurar reforços na reabertura do mercado e depois há que ser sólidos na defesa, porque as equipas começam a construir-se desde trás. A nossa posição não é assim tão precária, é um campeonato onde existe muita igualdade”, asseverou.
Em Wolverhampton, Julen Lopetegui encontrou um clube com fortes ligações a Portugal. No total, são 10 os jogadores lusos no comando das Midlands (José Sá, Nélson Semedo, Toti Gomes, Rúben Neves, Matheus Nunes, João Moutinho, Gonçalo Guedes, Pedro Neto, Chiquinho e Daniel Podence), um número esmagador tendo em conta que só há um inglês com presença regular no plantel: Max Kilman.
“Já treinei alguns destes jogadores portugueses, mas queremos dar um toque mais britânico. Os balneários precisam de identidade do lugar onde estão. Além disso, existem espanhóis, mexicanos, várias nacionalidades que queremos unir numa equipa sólida”, concluiu.
A estreia do novo timoneiro está agendada para esta terça-feira. O Wolverhampton recebe o Gillingham, na Taça da Liga.