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Madalena Fortunato quer fazer regressar Portugal no badminton em Los Angeles-2028

Madalena Fortunato em ação
Madalena Fortunato em açãoFPB
A portuguesa Madalena Fortunato utilizou a bolsa de solidariedade olímpica para ganhar experiência internacional no ciclo de apuramento para Paris2024, apontando a fazer regressar Portugal no badminton nos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028 enquanto estuda Gestão ao mesmo tempo

A bolsa do Comité Olímpico Internacional tem permitido à jovem de 20 anos crescer no panorama nacional e internacional. Por cá, conquistou no final de 2023 o título nacional, lá fora tem ido a mais e mais torneios.

Estes anos foram essenciais. Seria difícil olhar para um ciclo e pensar só em quatro anos, e conseguir logo qualificar-se. É muito complicado, mesmo sendo o sonho de muitos. Serviu-me também para me habituar ao ritmo dos torneios estrangeiros”, conta, em entrevista à Lusa à margem dos Internacionais de Portugal, nas Caldas da Rainha, onde hoje começa a competir.

Natural de Lisboa e a viver nas Caldas da Rainha, onde treina no Centro de Alto Rendimento, estuda Gestão no ISCTE, um curso que equilibra com compromissos de clube, o CHE Lagoense, e seleção.

Fui aprendendo não só com os torneios em si, mas com a organização da vida. Estou no segundo ano da faculdade, as coisas complicam cada vez mais. Aprender a conciliar as obrigações da seleção, os torneios extra, os nacionais e a faculdade... não tem sido fácil, mas tem corrido bem. Isso deve-se à estrutura e apoio que tenho por detrás”, revela.

É toda esta experiência, e consciência do que é necessário para ser uma atleta de elite ao mesmo tempo que estuda, que leva destes anos, mais do que os pontos de ranking que somou ou os que podia ter somado se tivesse dedicação por completo.

Queremos sempre os pontos e subir no ranking, mas tentei não pensar nisso e aproveitar para aprender com a experiência. Estes anos vão ser valiosos daqui a uns anos, e mais valiosos pela experiência do que pelos pontos de ranking”, resume.

Assim sendo, Los Angeles-2028 será o próximo grande prazo para Fortunato, que parece apostada em pôr fim ao ‘jejum’ português em Jogos Olímpicos, que dura desde o Rio2016, com Pedro Martins e Telma Santos, uma das suas referências, e deverá prolongar-se até ao evento nos Estados Unidos.

Treinada na seleção por outra dessas referências, o olímpico Fernando Silva, a jovem procura “não pensar muito em como lidar com tudo” durante o processo de qualificação, mas está “cada vez mais com o bichinho” dos Jogos Olímpicos.

É algo que mexe connosco. Custa-nos a todos um bocadinho (a ausência), porque gostávamos de ter atletas nos Jogos Olímpicos. Tanto raparigas como rapazes pensamos em mudar isso, e está a começar a chegar a nossa vez”, assume.

De resto, fala frequentemente dos companheiros de seleção, dos amigos da faculdade e dos treinadores, no fundo uma rede de apoio que lhe permite levar a cabo uma carreira dual que “tem coisas muito boas, mas outras muito difíceis de conjugar”.

A mim, custa-me bastante mudar o chip. Estou a preparar-me para um torneio internacional, que quero muito, mas a receber mensagens de trabalhos de faculdade. É difícil perceber onde desligar, onde ligar, e em termos de stress é enorme”, comenta.

Esta pressão leva a que reforce uma das suas máximas. “Sozinhos, não vamos a lado nenhum. Só com o apoio, não só de um psicólogo, mas de pessoas próximas do nosso dia a dia, que percebam a exigência de ser atleta de seleção... na seleção vamo-nos ajudando, e é excelente saber que não estamos sozinhos”, desabafa.

Atualmente no 283.º lugar do ranking, a campeã nacional já passou pelo Europeu de clubes, torneios internacionais pela seleção, as competições portuguesas e o Mundial júnior, entre outros.

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