O nadador de 32 anos, ex-campeão mundial dos 100 metros livres em 2011 e 2013, está a planear fazer uma pausa na reforma para participar nos Jogos Melhorados, onde não só não haverá controlo antidoping, como os participantes poderão consumir substâncias proibidas.
Magnussen, que está retirado das piscinas desde 2018, seria o primeiro atleta de renome a juntar-se a este controverso projeto lançado em 2023 pelo empresário australiano Aron D'Souza, que não está sujeito às regras da Agência Mundial Antidopagem, pelo que as marcas não são homologadas.
"Se alguém me tivesse perguntado durante a minha carreira de nadador, a minha resposta teria sido completamente diferente da que dou agora, como atleta reformado há seis anos", escreveu Magnussen numa coluna publicada no jornal The Australian no sábado.
"Para ser completamente transparente, o dinheiro desempenha um papel importante. Um prémio de 1,6 milhões de dólares australianos é difícil de recusar. Nós, atletas reformados, não temos este tipo de oportunidade todos os dias", acrescentou.
O brasileiro Cesar Cielo detém o recorde dos 50 metros livres com o tempo de 20,91 desde 2009, tendo-o estabelecido com um tipo de fato de banho, uma combinação aerodinâmica, que mais tarde foi proibida. O recorde pessoal de Magnussen para essa distância é de 21,52.
O nadador insistiu que não vai arriscar a sua saúde: "Quero fazê-lo rodeado de bons médicos e com bom apoio médico. Quero fazê-lo corretamente".
Os Enhanced Games, que contam com o apoio de investidores de capital de risco, deverão realizar-se num local e em datas ainda por confirmar e terão cinco desportos no programa: atletismo, desportos aquáticos, ginástica, desportos de força e desportos de combate.