Kiptum tinha apenas 23 anos quando teve uma atuação inesquecível, ao bater o recorde em duas horas e 35 segundos. Morreu num acidente de viação quatro meses depois, pondo fim à sua promissora carreira.
Os organizadores planearam um momento de silêncio na linha de partida para homenagear Kiptum e uma breve exposição para celebrar a sua carreira, na exposição antes da corrida, com autocolantes comemorativos disponíveis para todos os participantes.
"Ele ainda está presente nos pensamentos de todos", disse o diretor da corrida, Carey Pinkowski, à Reuters.
"Ele está connosco e o nosso plano é celebrar a sua vida", acrescentou.
Embora a corrida de Chicago seja conhecida pelo seu percurso plano e pelos tempos rápidos - foram estabelecidos seis recordes mundiais - o feito de Kiptum foi, no entanto, surpreendente, uma vez que se tornou o primeiro homem a correr uma maratona sancionada por um recorde mais rápido do que 2:01.
Pinkowski estava na chegada quando Kiptum cruzou a linha de chegada em Chicago e disse que a corrida ficou gravada para sempre na sua memória.
"Fiquei muito impressionado com a biomecânica dele e com a sua capacidade de correr sem esforço, algo que nunca tinha visto antes. E eu já vi muitos dos grandes", disse Pinkowski.
Foi o segundo de dois títulos importantes para Kiptum, que venceu em Londres com um recorde do percurso de 2:01:25 no início de 2023, e o queniano correu grande parte da segunda metade da maratona de Chicago sozinho, com o pelotão de perseguição bem atrás dele.
"Era ele contra a história, ele contra o cronómetro, ele contra o relógio, e ele simplesmente correu", disse Pinkowski.
"Eu sabia que ele era um atleta magnífico. Na minha opinião, o melhor que já vi", assumiu.
A Maratona de Chicago de 2024 terá lugar a 13 de outubro.