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Marcelo Rebelo de Sousa: "O Catar não respeita os direitos humanos"

Mário Rui Ventura
Marcelo Rebelo de Sousa foi ao balneário desejar boa sorte à Seleção
Marcelo Rebelo de Sousa foi ao balneário desejar boa sorte à SeleçãoDiogo Pinto/FPF
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assistiu à partida de Portugal com a Nigéria, no Estádio José Alvalade, e no final, em delcarações à RTP, deixou uma crítica pública ao país organizador do Campeonato do Mundo.

"O Catar não respeita os direitos humanos, a construção dos estádios... é muito discutível. Esqueçamos isto, mas não é discutível, é criticável. Concentremo-nos na equipa, começámos muito bem e terminámos em cheio. Portanto, a equipa está engrenada. A primeira parte foi mais fácil do que a segunda. Tivemos uma reação na segunda parte. O fundamental é que estamos à altura quer em competência técnica, em espírito de equipa e e a relação em grupo. Disse-lhe que o Mundial é muito difícil: 'Olhem, vocês têm de pensar muito bem e têm de ter grande motivação porque cada desafio vai ser uma final'", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, já depois da goleada (4-0) à Nigéria.

"Gostei. Estava a dizer aos jogadores que é um Campeonato do Mundo muito difícil. Parece que não, nunca jogámos nesta altura do ano, em condições muito difíceis, num país todo ele muito difícil desde a construção dos estádios até aos direitos humanos", relembrou o Presidente da República que, apesar dos pedidos em contrário, confirmou que vai estar no jogo de estreia da Seleção, diante do Gana, assumindo que acredita numa possível conquista do Mundial por parte de Portugal: "Acredito, mas é muito muito difícil."

"Ronaldo é grande jogador mas todos são imprescindíveis"

Como não podia deixar de ser, Marcelo Rebelo de Sousa não passou ao lado da polémica em torno de Cristiano Ronaldo.

"O Cristiano Ronaldo é sempre um grande jogador. Todos são grandes jogadores e o que é facto é que são todos imprescindíveis. Ele é, os outros também. Nós conseguimos jogar bem e sem ele, com outros e sem outros. Isso viu-se. Na segunda parte houve grandes mudanças e no fim foi bom. Há aqui quatro, cinco ou seis peças que estão em grande forma, os outros estão a subir depois de um período muito cansativo. Não é uma tarefa fáci mas é uma tarefa possível. Eles hoje mostraram, por aquilo que jogaram, que podem estar à altura das circunstâncias. Poderão estar, vamos esperar que sim", afirmou o Presidente da República.