Megan Rapinoe enfrenta os altos riscos com um sorriso antes do seu último jogo
Com um ouro olímpico, a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos e a Bola de Ouro de 2019, são poucos os elogios que a carismática figura de proa do futebol americano deixou de receber ao longo da carreira.
Mas o confronto deste domingo, entre o Gotham FC e o seu OL Reign, dá a Rapinoe uma última oportunidade de conquistar o título de campeã da Liga Nacional de Futebol Feminino, após anos de tentativas frustradas, com a equipa de que faz parte desde a sua criação.
A avançada de 38 anos completou o último treino da sua carreira com o Reign, na sexta-feira, e disse que estava a tentar manter "o máximo possível da mesma rotina".
"É realmente único chegar a um jogo do campeonato alguma vez na carreira. Por isso, estes não são momentos que queiramos deixar passar", disse Rapione aos jornalistas.
"Isto é algo que, para todos nós, será uma recordação para toda a vida", acrescentou.
O jogo no Estádio Snapdragon de San Diego representa uma mudança de guarda para ambas as equipas, que procuram o seu primeiro título de campeão na liga americana de topo.
O Gotham FC, de Nova Iorque e Nova Jérsia, despede-se da defesa Ali Krieger, uma das favoritas dos adeptos, que venceu o Campeonato do Mundo ao lado de Rapinoe, em 2015 e 2019.
"Este é o final de algo incrível para ambas", disse a capitã do Reign, Lu Barnes.
"E acho que o legado que elas deixaram ficará aqui para sempre", acrescentou.
As duas jogadoras deixam para trás uma NWSL que é muito mais forte hoje do que quando entraram, há uma década, quando uma média de apenas alguns milhares de fãs assistiam aos jogos e poucos eram transmitidos pela televisão.
A liga anunciou esta semana um acordo de quatro anos com a ESPN, a CBS, a Prime Sports e a rede ION da Scripps, no valor recorde de 60 milhões de dólares por ano.
O jogo de despedida de Rapinoe em Seattle, no mês passado, teve uma média de 683.000 espectadores na CBS, um recorde da temporada regular da NWSL.
"Esta liga foi uma loucura este ano. Foi muito divertido assistir e fazer parte dela", disse Rapinoe.
"Sinto que posso ir embora a sorrir, não importa o que aconteça", defendeu.