O grande desempenho de Franco Colapinto, piloto argentino nascido a 27 de maio de 2003, nas três primeiras corridas na Fórmula 1 gerou uma impressão positiva nos diferentes protagonistas da categoria máxima do automobilismo mundial, que decidiram tornar públicas as felicitações, em declarações que rapidamente se tornaram virais nas redes sociais.
Na véspera do GP de Singapura, o multicampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, detalhou as razões do seu apoio ao piloto argentino, que acabara de pontuar em Baku, e também a Oliver Bearman (Haas):
"Foi muito bom de ver. Lembro-me claramente da primeira vez que fui a um Grande Prémio, quando tinha 11 anos, em 1996, no GP da Bélgica, e conheci os pilotos de Fórmula 1. Depois, quando entrei na F1, não me lembro de ter tido uma receção calorosa, exceto pelo Niki Lauda, um ex-piloto. Por isso, lembro-me de como era ser tão jovem e ter tido essa experiência, e como era difícil... Vejo os dois a fazerem um trabalho fantástico. Eu tinha um deles à minha frente, na verdade estiveram os dois a certa altura", começou por dizer.
"Estão a conduzir tão bem, sem cometer erros, são muito talentosos e têm um futuro brilhante pela frente", acrescentou, provocando a felicidade surpresa do próprio Colapinto.
"Uma loucura total"
"Ele felicitou-me quando a corrida terminou. Depois é muito bom que um piloto como o Lewis, com sete ou oito - depende de como se vê - campeonatos do mundo, me tenha dado os parabéns, tenha estado comigo depois da corrida. É obviamente um momento muito especial. Passei da Fórmula 3, onde estive no ano passado, para disputar uma corrida com o Lewis. Uma loucura total. Mas estou muito feliz com a forma como o fim de semana correu", admitiu, ainda incrédulo, o piloto da Williams.
Mas as palavras de reconhecimento não se ficaram por aqui, já que na corrida em Singapura, depois de um arranque criticado por pilotos como Carlos Sainz, Colapinto conseguiu ascender ao nono lugar, logo à frente de Sergio Pérez, que referiu por diversas vezes não conseguir ultrapassá-lo. Essas palavras também levaram o argentino a agradecer-lhe mais tarde.
"Ele não cometeu nenhum erro. Foi muito difícil acompanhá-lo naquele momento e foi uma corrida complicada. No final, conseguimos fazer-lhe um undercut, mas era a única coisa que podíamos fazer. Ele fez uma corrida fantástica", disse o mexicano.
"Checo é um tipo super porreiro e cresci a vê-lo a correr na F1, acordando cedo na Argentina e torcendo por ele como se fosse um menino mexicano, que era o mais próximo que tínhamos. Foi muito bom apoiá-lo quando eu era pequeno. E agora é ainda melhor correr contra ele", respondeu Colapinto.
Até Horner se rendeu
Por último, mas não menos importante, o chefe de equipa da Red Bull e múltiplo vencedor do campeonato de construtores com a equipa austríaca, Christian Horner, não quis perder a oportunidade, destacando-o como um dos grandes jovens talentos da competição.
"O Max (Verstappen) está a cumprir o prometido, o Checo teve um desempenho abaixo do esperado este ano. No ano passado, fez um bom trabalho, ou bom o suficiente para terminar em segundo lugar no campeonato e sermos campeões de construtores. Hoje temos de olhar para além disso. Há muitos grandes talentos. Temos o Liam Lawson como reserva. Não temos tanta certeza... olhando para pilotos como (Franco) Colapinto, (Oliver) Bearman e (Kimi) Antonelli", disse Horner.
O que Colapinto precisa para continuar na F1 em 2025
Franco Colapinto chegou à Fórmula 1 através da Williams num acordo até ao resto da temporada. Embora o seu nível tenha sido melhor do que o esperado, ainda não tem confirmado um lugar para 2025. Porquê?
A principal desvantagem é que os lugares de piloto na Fórmula 1 não são abundantes e, de facto, a Williams informou há algumas semanas que a sua dupla para a temporada de 2025 será Alex Albon e Carlos Sainz, o mais recente reforço da equipa.
Atualmente, a Sauber é a equipa onde Colapinto tem mais hipóteses de ficar, uma vez que tanto Valtteri Bottas como Guanyu Zhou estão sem contrato para 2025, e é também a equipa que está a passar por uma grande reestruturação, uma vez que será assumida pela Audi a partir de 2026. Nico Hulkenberg já assinou com a Sauber, pelo que só resta um lugar. O que vai acontecer?