No entanto, o britânico precisará de mais do que outra vitória dominante para reduzir a vantagem de 70 pontos de Verstappen, vencedor nos últimos dois anos no super rápido Templo da Velocidade de Monza.
A Ferrari, a Mercedes e o seu próprio colega de equipa australiano Oscar Piastri - que fez a volta mais rápida no circuito perto de Milão no ano passado - podem ajudar se terminarem entre Norris e Verstappen.
A corrida de domingo é a última ronda europeia da época e a Ferrari vai querer dar algum ânimo aos seus adeptos depois de uma campanha com altos e baixos até agora.
Carlos Sainz, da Ferrari, que conquistou a pole no ano passado, celebra o seu 30.º aniversário no dia da corrida, com a Ferrari a introduzir atualizações em ambos os seus carros.
A Mercedes, com Lewis Hamilton a vencer nos rápidos circuitos de Spa e Silverstone, também pode ser candidata, depois de uma série de três triunfos em quatro corridas ter terminado em Zandvoort.
A Red Bull, agora numa série de cinco corridas perdidas e com apenas 30 pontos de vantagem sobre a McLaren na classificação dos construtores, também não pode ser descartada numa pista que foi completamente renovada pela primeira vez em mais de um século.
"Qualquer um pode estar no topo. Ferrari, Mercedes, Red Bull, nós", afirmou Norris quando lhe perguntaram em Zandvoort, onde finalmente conseguiu vencer a partir da pole pela primeira vez, se a McLaren poderia levar a sua forma para Itália.
"Monza é um circuito completamente diferente. Por isso, vamos manter a cabeça baixa e continuar a esforçar-nos".
A equipa britânica fez uma dobradinha em Monza em 2021, com Norris em segundo para o então companheiro de equipa Daniel Ricciardo. Verstappen, segundo em Zandvoort com Charles Leclerc da Ferrari em terceiro, disse que iria esperar para ver o que iria acontecer em Monza.
"Claro que, em Monza, muita coisa é nova. O asfalto, os lancis, até o traçado da primeira e da segunda curva", disse o tricampeão. "Precisamos de perceber um pouco mais. Mas, sim, sabemos que temos muito trabalho a fazer".
O companheiro de equipa, Sergio Perez, cuja baixa pontuação abriu uma porta para a McLaren, concordou.
"A McLaren deu obviamente um enorme passo em frente no seu desenvolvimento e sabemos que precisamos de trabalhar mais do que nunca para garantir que mantemos a liderança em ambos os campeonatos", disse o mexicano.
"Monza deve ter condições mais positivas... devemos ser rápidos por aqui e estamos prontos para a luta", concluiu.
Para além da nova superfície deixar as equipas com uma aprendizagem a fazer, o fim de semana terá uma nova cara na grelha depois de a Williams ter abandonado o americano Logan Sargeant e o ter substituído pelo piloto argentino de F2 Franco Colapinto.
A Mercedes também vai dar uma estreia nos treinos de sexta-feira ao italiano Kimi Antonelli, o jovem de 18 anos que se espera que venha a substituir o sete vezes campeão do mundo Lewis Hamilton na próxima época. O futuro piloto da Ferrari tem, entretanto, a hipótese de vencer em Monza pela sexta vez, um recorde.