Hamilton, que compete desde os seis anos, disse que também lutou contra a depressão na idade adulta e que tem tido dificuldade em falar sobre o seu percurso.
"Acho que foi a pressão das corridas e as dificuldades na escola. O bullying. Não tinha ninguém com quem falar. Tenho lutado com a saúde mental ao longo da minha vida, com a depressão desde muito cedo, quando tinha uns 13 anos... quando tinha vinte e poucos anos, tive algumas fases muito difíceis", disse Hamilton na entrevista publicada no sábado.
Hamilton estreou-se na Fórmula 1 em 2007, aos 21 anos, tornando-se o primeiro piloto negro da categoria. Ganhou o campeonato no ano seguinte e igualou o recorde de sete campeonatos de Michael Schumacher em 2020.
O britânico disse que se sentia mais maduro hoje do que no início da sua carreira.
"Estamos a aprender coisas que nos foram transmitidas pelos nossos pais, a perceber esses padrões, a forma como reagimos às coisas e como as podemos mudar. Por isso, o que me podia ter irritado no passado já não me irrita hoje. Estou muito mais refinado", afirmou.
Hamilton disse que tentou fazer retiros silenciosos para melhorar a sua saúde mental e, embora falar com um terapeuta há alguns anos não tenha ajudado, gostaria de encontrar um no futuro.
O piloto da Mercedes, que deverá juntar-se à Ferrari no próximo ano, está em sexto lugar no campeonato, com a próxima corrida marcada para Austin no próximo mês.