Pela primeira vez desde o Grande Prémio do Brasil de 2022, a Mercedes conseguiu uma dobradinha, enquanto pela primeira vez desde o Grande Prémio de Sakhir em 2020, Max Verstappen não conseguiu triunfar em quatro corridas consecutivas. Será este um sinal de que o domínio do tricampeão mundial está a chegar ao fim?
De qualquer forma, neste domingo, em Spa-Francorchamps, os pilotos travaram uma grande batalha em pista dando um resultado final surpreendente. Partindo do sexto lugar na grelha, George Russell conseguiu aguentar os pneus ao fim de 44 voltas e triunfar.
Uma estratégia impecável
Na partida, esperava-se muita movimentação por causa da relha, com Verstappen em 11.º e outros pilotos fora de posição. Leclerc, na pole, manteve-se na frente, enquanto Hamilton ultrapassou Checo Pérez. Sainz, o único piloto na frente com pneus duros, ultrapassou Norris e subiu para sexto.
Três voltas depois, o sete vezes campeão do mundo mostrou o potencial do Mercedes e ultrapassou o Ferrari de Leclerc para passar para a liderança. Atrás, o líder do Campeonato do Mundo viu a sua recuperação bloqueada por Norris, que rodava em sétimo. Como não tinha maneira de o apanhar em pista, na 11.ª volta, faz uma paragem para tentar o undercut. Missão cumprida e a porta aberta. Todos seguiram as suas pisadas, exceto Sainz, que se manteve em pista durante mais voltas em duros.
A vitória demorou a surgir, pois o xadrez das boxes baralhou as cartas em várias ocasiões. Durante algum tempo, Carlos Sainz pensou que podia segurar a liderança, mas o seu ritmo não aguentou e quando trocou de pneus, a meio da corrida, caiu para trás de Norris. Isso permitiu que Lewis Hamilton e Charles Leclerc liderassem os trabalhos, depois de Sergio Pérez ter escorregado lentamente, apesar de ter partido da segunda posição na grelha - tal como Lando Norris, que não beneficiou de uma boa estratégia.
Pelo contrário, Piastri teve um desempenho muito bom, conseguindo fazer melhor do que todos, exceto os Mercedes. No entanto, o australiano impôs um ritmo muito forte no final do Grande Prémio.
Foi então que Russell aproveitou este jogo de cadeiras musicais para tentar uma única paragem, à 10.ª volta, e o britânico geriu os pneus duros até ao fim, resistindo brilhantemente ao seu companheiro de equipa Hamilton. Esta foi a terceira vitória na carreira do piloto de 26 anos.