A AFP Sport analisa as três histórias que emergiram do Grande Prémio de Itália:
Destruidor de recordes
Após a última exibição de domínio da Red Bull, agora é mais do que nunca uma questão de quando, e não se, Verstappen ganha o título de 2023. A conquista torna-se matematicamente possível a partir do Grande Prémio do Japão, embora a melhor aposta seja no fim de semana com corrida sprint no GP do Catar, no início de outubro.
Antes da próxima corrida em Singapura, daqui a menos de quinze dias, Verstappen tem 145 pontos de vantagem sobre o colega de equipa Sergio Perez. O terceiro campeonato mundial consecutivo dará a Verstappen a entrada num restrito clube de apenas outros quatro outros pilotos a conseguir esse feito - Juan Manuel Fangio, Michael Schumacher, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton.
Embora o homem do momento pareça bastante despreocupado com os recordes, há muitos mais que ele pode esmagar antes do final desta temporada.
Já com 364 pontos em oito corridas e com 232 pontos ainda em falta, está a caminho de superar confortavelmente o recorde de pontos alcançado na temporada passada de 454.
Em Monza, aumentou o seu total de vitórias esta época para 12, e parece provável que consiga superar o recorde de vitórias numa só época, conseguido também no ano passado, com 15. Monza foi o seu 15.º pódio consecutivo - menos quatro do que o recorde de Schumacher (19) entre 2001 e 2002.
"A cereja no topo do bolo"
O motor do homem que arrancou na pole, Carlos Sainz, não aguentou com o ritmo dos Red Bulls, mas mesmo assim o espanhol gostou da corrida de doming no belo circuito de Monza, conquistando o primeiro pódio de 2023.
"Celebrar um pódio com os Tifosi é a cereja perfeita no topo do bolo!", disse, ele que foi muito pressionado por Charles Leclerc numa divertida disputa entre os dois Ferraris.
"Foi uma grande corrida e o resultado foi o melhor que podíamos ter feito, terminando no pódio diante dos nossos fãs e trazendo para casa 27 pontos, o que nos coloca à frente da Aston Martin e perto da Mercedes", refletiu o chefe da Ferrari, Fred Vasseur.
"Dentro de duas semanas recomeçamos do zero em Singapura, mas podemos estar satisfeitos com o que fizemos aqui. Sabíamos que o nosso carro seria mais competitivo neste tipo de pista e o SF-23 correspondeu às nossas expetativas."
Mercedes de olho em Singapura
George Russell e Lewis Hamilton renovaram os seus contratos com a Mercedes, mas não celebraram da forma desejavam durante o fim de semana, terminando no quinto e sexto lugar, respetivamente.
"Sabemos que estes circuitos de baixa força descendente não são o nosso forte", disse o chefe de equipa Toto Wolff.
Ficar em segundo lugar, atrás dos imbatíveis Red Bulls, não é o que os ex-campeões mundiais querem e já estão de olho na 15.ª ronda de outra temporada difícil.
"Temos estado longe de ameaçar as posições do pódio aqui, por isso estamos ansiosos por Singapura, onde esperamos ser capazes de lutar pelas posições com mais pontos", disse o engenheiro da equipa Andrew Shovlin.