Opinião: Alex Palou e a Fórmula 1, jogada de mestre ou erro?

Não é mentira que, depois de Carlos Sainz e Fernando Alonso, ele é o terceiro melhor piloto espanhol de monolugares da atualidade. É por isso que a McLaren o tem como terceiro piloto na F1 a partir de 2022. Embora muitas coisas tenham acontecido desde o ano passado até agora. Tantas coisas que, ainda hoje, soa fortemente como hipótese para ir para Alpha Tauri na F1. É aqui que surge a questão de saber se é realmente uma boa ideia e uma jogada da sua parte.

O sonho americano

Em 2019 estreou-se na IndyCar e em 2021 conquistou o seu primeiro e único título na categoria. Um marco histórico para um espanhol nos Estados Unidos, para além de estar perto de ganhar as 500 milhas de Indianápolis, sendo a corrida deste ano aquela em que mais se aproximou, pois fez a pole position na qualificação.

Este ano de 2023 está a caminho de conquistar o seu segundo título, quando faltam 7 corridas para terminar a época e 117 pontos de diferença em relação ao segundo classificado. Palou, é postulado como quase campeão. Isto é notável, e muito. Mas mais notável é o marco alcançado na corrida de domingo em Toronto, onde terminou em segundo lugar depois de ter largado em 15.º com a asa pendurada.

Uma oferta envenenada

Com isto, ele é visto com bons olhos no grande circo da F1 e os rumores o colocam principalmente na Alpha Tauri. Especialmente após a recente contratação de Daniel Ricciardo por esta equipa e também devido ao fraco desempenho de Sergio Perez na Red Bull. Especula-se que, se Sergio Perez tiver um desempenho pior do que Ricciardo, Ricciardo poderá substituir Perez na equipa na próxima época, deixando assim uma lacuna na Alpha Tauri.

No entanto, não há apenas rumores de que ele poderia ir para a Alpha Tauri, há também rumores com a McLaren, uma vez que Lando Norris termina o seu contrato com a equipa em 2025 e tem sido alvo de interesse da Mercedes, Ferrari e Red Bull. Assim, haveria novamente uma vaga disponível na McLaren.

Mas a F1 é conhecida por ser uma categoria cruel, basta perguntar a Nyck de Vries. É por isso que Palou tem de ser cauteloso, uma vez que estas oportunidades podem ser o fim da carreira de um piloto.

Fazer história na América ou dar o salto?

Pensemos objetivamente em tudo o que foi dito acima. A partir de hoje, Palou tem de se concentrar primeiro em ganhar a IndyCar deste ano e depois pensar friamente no que deve fazer.

Nos Estados Unidos, a Chip Ganassi é uma grande equipa, eles adoram-no. Da mesma forma, eles têm uma equipa no WEC e, por outro lado, poderiam ter uma equipa com o novo Ford Mustang GT para o próximo ano em Le Mans.

Assim, ele não só faria história na IndyCar. Poderia também, com a ajuda da sua equipa, ter mais facilidade em Le Mans para conquistar as 24 Horas e, da mesma forma, preparar-se para a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis.

No entanto, na F1, não pode ir para uma equipa da Red Bull e muito menos para uma equipa que está em último lugar na classificação dos construtores, como a Alpha Tauri. Deveria ir para uma equipa como a McLaren, a Alpine ou a Aston Martin.

Não só isso, mas se não se adaptar e não conseguir os resultados que esperam, pode não terminar a época. Por outro lado, se tiver um bom desempenho, pode fazer um bom nome na F1, que continua a ser a categoria rainha do desporto automóvel.

É uma incógnita que só ele saberá gerir e, faça o que fizer, terá o apoio dos adeptos que, cada vez mais, vêem Palou com bons olhos.