Oscar Piastri: "Foi uma das melhores corridas da minha carreira"
Piastri, que largou da segunda posição, bateu o monegasco Charles Leclerc (Ferrari), que saíra da ‘pole’, por 10,910 segundos, com o britânico George Russell (Mercedes) a herdar o terceiro lugar, a duas voltas do final, depois de um acidente entre Carlos Sainz (Ferrari) e Sergio Perez (Red Bull), cortando a meta a 31,328 segundos do vencedor.
“Foi uma das melhores corridas da minha carreira. No primeiro turno (de pneus) ser segundo seria o melhor a almejar. Mas, depois da paragem nas ‘boxes’, com mais aderência, tentei (atacar Leclerc, que liderava). Sabia que com o DRS tinha de tentar”, explicou Oscar Piastri, no final.
O australiano, que somou o segundo triunfo na carreira na Fórmula 1 (já tinha vencido o GP da Hungria este ano), admitiu ainda que não tinha “o carro mais rápido, mas estava no sítio certo” para garantir o triunfo.
Já o monegasco Charles Leclerc perdeu o GP do Azerbaijão pelo quarto ano consecutivo depois de sair da ‘pole position’.
“Não defendi como deveria ter defendido”, lamentou o piloto da Ferrari, que foi ultrapassado na 20.ª das 51 voltas da corrida.
Leclerc admitiu que pensava ser possível “passá-lo (a Piastri) mais tarde, poupando os pneus”. “Mas foi mais difícil do que pensei”, disse.
Os dois ainda protagonizaram uma batalha intensa nas últimas voltas, com a diferença entre os dois carros a cifrar-se nos 0,3 segundos, mas os pneus do Ferrari começaram a ceder antes que Piastri o fizesse.
Até que, a duas voltas do fim, quando Carlos Sainz e Sergio Pérez lutavam pelo degrau mais baixo do pódio, o Ferrari terá sido tocado pelo mexicano e guinou subitamente para a esquerda numa das retas do circuito de Baku e entalou o Red Bull de Pérez contra o muro.
Sem tempo para retirar os dois monolugares da pista, a corrida terminou debaixo do ‘safety car’ virtual, entregando definitivamente o triunfo a Piastri e a liderança do Campeonato de construtores à McLaren.
O britânico Lando Norris (McLaren), que partiu do 15.º lugar da grelha, recuperou até ao quarto lugar e ainda marcou a volta mais rápida da corrida, batendo o neerlandês Max Verstappen (Red Bull), tricampeão em título e líder do Mundial de Pilotos.
Verstappen está a ser investigado pelos comissários por não ter respeitado os procedimentos do ‘safety car’ virtual na volta de desaceleração (depois da corrida terminada) e poderá ainda vir a ser penalizado.
Para já, com estes resultados, o piloto da Red Bull chegou aos 313 pontos, perdendo três para Norris, que está, agora, a 59, na segunda posição do campeonato, com 254. Leclerc é terceiro, com 235.
O monegasco soma apenas sete vitórias depois de ter largado por 26 vezes da ‘pole position’, tendo hoje desperdiçado mais uma e logo num dos circuitos em que as ultrapassagens são mais difíceis.
No Mundial de construtores, a McLaren tem agora 20 pontos de vantagem sobre a Red Bull, que caiu para segundo, com a Ferrari em terceiro, a 51.
“No início do ano, estávamos atrás da Mercedes e agora estamos na frente do Mundial. Sermos a melhor equipa na F1 deve deixar-nos muito orgulhosos”, sublinhou Lando Norris.
Com sete Grandes Prémios ainda por disputar (três deles com corridas sprint), estão 198 pontos em jogo.
O próximo será já dentro de uma semana, em Singapura.