Jorge Martin exorciza fantasmas e mantém sonho do título de MotoGP: "A cada curva, pensei que ia cair”
O piloto madrileno, que largou da ‘pole position’, gastou 41.04,389 minutos, batendo o espanhol Pedro Acosta (GasGas) por 1,404 segundos e o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) em terceiro, a 5,595, numa corrida em que não participou o português Miguel Oliveira (Aprilia) devido a uma queda sofrida nos treinos livres de sexta-feira.
Acosta ainda esteve a ser investigado por uma infração com a pressão dos pneus, mas os comissários entenderam não castigar o piloto espanhol, que ainda subiu ao palco sob o espetro de uma penalização de 16 segundos.
Esta foi uma corrida que começou acidentada e em que apenas 12 pilotos cortaram a meta, dos 21 que alinharam à partida.
O campeão Francesco Bagnaia falhou o arranque pela quinta vez consecutiva, com a mota a patinar e a levantar a frente.
Jorge Martin é que não vacilou e segurou a liderança desde o primeiro momento. Mas, no meio do pelotão, o australiano Jack Miller (KTM), que em 2025 será companheiro de equipa de Miguel Oliveira na Pramac, caiu e arrastou consigo o espanhol Alex Márquez (Ducati). O italiano Luca Marini (Honda) e o espanhol Aleix Espargaró (Aprilia) não conseguiram evitar a confusão e também caíram.
Pelo caminho ficou, também, Marc Márquez (Ducati), com o motor da sua mota partido e em chamas.
Jorge Martin ia dominando, mas sem conseguir esquecer a queda sofrida na véspera na corrida sprint, quando liderava, nem a queda sofrida há um ano, também quando liderava.
“Depois do que aconteceu na última temporada e da queda de ontem, um desempenho destes era importante. A cada curva, pensei que ia cair”, confessou o piloto madrileno, no final.
Se na véspera viu o rival na luta pelo título vencer e encurtar para metade a distância de 24 pontos que os separava antes do início desta prova, hoje quis dar uma demonstração de força.
Francesco Bagnaia estava em sétimo e em dificuldades para seguir o ritmo da frente. O seu companheiro de equipa e compatriota, Enea Bastianini (Ducati) também caiu, sozinho, a sete voltas do final, quando era terceiro, ao deixar escorregar a frente da sua mota na curva um do circuito de Mandalika.
O campeão ganhou novo ânimo e aproveitou, ainda, um erro de Marco Bezzecchi (Ducati) para ganhar mais uma posição, atacando, ainda, Franco Morbidelli (Ducati) para chegar ao degrau mais baixo do pódio.
Sem a penalização de Pedro Acosta, voltou a perder nove pontos para Jorge Martin, que ganha novo fôlego na luta pelo título.
“No arranque perdi posições. É a quinta partida consecutiva com este problema. A mota patinou. Temos de trabalhar para resolver esse problema. Ainda me aproximei, mas já era tarde”, lamentou.
Martin não vencia uma corrida ao domingo desde o GP de França, quinta ronda do ano, somando a terceira vitória da temporada.
Com estes resultados, tem, agora, 366 pontos, mais 21 do que ‘Pecco’ Bagnaia.
A próxima ronda é o GP de Japão, no próximo fim de semana, que Miguel Oliveira também deverá falhar devido às fraturas no braço direito sofridas com a queda de sexta-feira.