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Miguel Oliveira admite frustração com arranque da temporada de MotoGP

Miguel Oliveira, de 28 anos, conta 27 pontos antes de retomar o Campeonato do Mundo
Miguel Oliveira, de 28 anos, conta 27 pontos antes de retomar o Campeonato do MundoFacebook/Miguel Oliveira
O português Miguel Oliveira reconheceu esta quarta-feira ter sentido frustração com o arranque da sua temporada no Mundial de MotoGP, a primeira ao serviço da Aprilia, após três quedas, duas ausências e uma desistência nas oito primeiras corridas.

“O balanço da primeira parte da temporada é difícil de fazer. Não consigo avaliar como positivo, nem negativo. Obviamente que houve momentos de muita frustração, porque as situações de abandono foram sempre causadas por terceiros, colisões com outros pilotos, incidentes de corrida, e que, realmente, ditaram um bocadinho daquilo que foi a minha participação em dois dos grandes prémios”, admitiu o piloto natural de Almada, em entrevista à agência Lusa.

Miguel Oliveira, de 28 anos, conta 27 pontos antes de retomar o Campeonato do Mundo, no fim de semana, com o Grande Prémio da Grã-Bretanha, muito por causa das lesões provocadas pelas quedas. Em Portimão, na abertura da temporada, sofreu uma lesão nos tendões da perna direita, e, em Jerez de la Frontera, em Espanha, na quarta corrida, fraturou o ombro esquerdo.

“Em última instância, esta lesão no ombro deixou-me fora apenas um Grande Prémio (o quinto, de França) mas condicionou bastante outros três (Itália, Alemanha e Países Baixos). Portanto, apesar de apenas em um dos últimos três grandes prémios ter sido a Aprilia que mais pontos marcou (na Alemanha), não me deixa naturalmente satisfeito, dado que não estava a pilotar nas minhas perfeitas condições”, lamentou.

Reconhecendo que estas condicionantes fazem parte do desporto e da modalidade que pratica, a queda sofrida em 30 de abril, num incidente com o francês Fábio Quartararo (Yamaha), acabou por obrigar a um longo período de recuperação.

“O ombro saiu do sítio, mas saiu do sítio com uma fratura Hill-Sachs (afundamento da cabeça do úmero, que confere estabilidade ao ombro). Se eu jogasse voleibol ou andebol, era 100% certo que tinha de passar por uma cirurgia e quatro meses de recuperação, no mínimo. Isso passou pela equação, mas, com a nossa experiência e, um bocadinho, com a necessidade de voltar ao ativo, decidimos fazer uma recuperação mais conservadora”, explicou.

Para o português, esta foi “talvez uma das lesões mais delicadas de tratar” que já sofreu, com “muitas inflamações, muitas dores”, ilustrando: “Quem anda de mota sabe o que é não ter um ombro operacional”.

Miguel Oliveira: Um bom arranque é mais de 50% de uma corrida

O piloto português considera que, com toda a tecnologia aplicada no MotoGP, um bom arranque representa mais de metade da importância de uma corrida.

“Neste momento, a (categoria de) MotoGP é um desafio para os pilotos e um desafio para as fábricas, e, assim sendo, a posição de partida ou um bom arranque ou um bom início de primeira volta evita mais do que 50% da corrida. É esse o desafio que todos têm em mãos, encontrar o equilíbrio para conseguir uma mota rápida, mas que também seja rápida atrás das outras”, afirmou Miguel Oliveira.

“Quando se põe aerodinâmica em qualquer veículo, quando está atrás de outro a aerodinâmica deixa de funcionar, não há afinação possível para isso e há muito mais ajuste na pilotagem, há muito mais imprevistos e há muito mais sensibilidade às pressões dos pneus. Toda esta tecnologia é um desafio”, realçou.

Até ao final da temporada de estreia na Aprilia, Miguel Oliveira ainda vai regressar a três pistas onde já venceu – Áustria, Indonésia e Tailândia –, sem que, por isso, lhe sejam favoráveis.

“Dada a situação em que me encontro, não sei dizer se será sinónimo de conseguir um bom resultado. É sinónimo de uma pista que se adapta ao meu estilo e tenho de conjugar todos os fatores para que corram bem”, advertiu.