Bagnaia voador
O campeão do mundo Francesco Bagnaia chega a Silverstone com uma mola nos pés, com vitórias em Mugello e Assen e um segundo lugar na Alemanha antes da paragem de verão. Isso deixou o piloto da Ducati de fábrica com 35 pontos de vantagem sobre Jorge Martin na classificação após oito corridas. 'Pecco' parecia relaxado, revigorado e impaciente para retomar o seu ataque a um segundo título consecutivo na pista na quinta-feira.
"Estou feliz por começar a segunda parte do ano aqui, adoro o traçado de Silverstone", disse: "O tempo não está muito bom, mas é sempre assim aqui. As últimas três corridas foram óptimas, melhorámos desde o acidente em Le Mans (França), tornámo-nos mais consistentes."
"Temos de continuar assim", acrescentou Bagnaia que, na mesma altura da época passada, estava 41 pontos atrás de Fabio Quartararo.
Marquez ferido
O hexacampeão mundial de MotoGP, Marc Marquez, chegou à pausa de verão com o corpo e a moral feridos e magoados. A estrela espanhola passou por um percurso atribulado nas últimas corridas, passando mais tempo fora da sua Honda do que em cima dela. Nada menos do que cinco quedas durante o fim de semana de corrida na Alemanha, seguidas de duas em Assen, obrigaram-no a falhar as duas últimas corridas.
"A pausa de verão chegou no melhor momento para mim," sorriu com tristeza, revelando que ainda sentia dores no tornozelo.
O seu magro registo após oito corridas é de um pódio de sprint e uma pole position - deixando a estrela de MotoGP num modesto 19.º lugar com apenas 15 pontos para o seu nome na classificação.
Rins ligado à Yamaha
Uma das grandes histórias de Silverstone na preparação para a corrida deste fim de semana envolveu um piloto que nem sequer estava na grelha. Alex Rins sofreu uma dupla fratura na perna no MotoGP italiano em junho, obrigando o espanhol a falhar as corridas da Alemanha e Países Baixos, e na semana passada a sua equipa satélite LCR Honda retirou-o desta nona ronda do campeonato.
"Não sei quando poderei regressar", revelou. Mas o anúncio de terça-feira de que iria abandonar o barco para substituir Franco Morbidelli na rival japonesa Yamaha a partir de 2024 apanhou o mundo do MotoGP de surpresa. Rins só se juntou à Honda esta época, vindo da agora desaparecida Suzuki, o que significa que se torna o primeiro piloto da era do MotoGP a correr pelas três equipas japonesas.
Rins, que vai juntar forças com o campeão do mundo de 2021 Fabio Quartararo, provou o seu valor na Honda, vencendo o Grande Prémio das Américas em abril - o único vencedor não-Ducati até agora nesta campanha. "Depois de tantos dias maus, o anúncio de assinar pela Yamaha foi incrível", comentou: "É um projeto numa equipa de fábrica que é o que eu procurava."
O regresso de Espargaro
Silverstone é a nona corrida da temporada, mas a primeira para Pol Espargaro, violentamente catapultado da sua moto KTM Tech3 GASGAS nos treinos para a corrida de abertura em Portugal, em março.
O piloto de 31 anos, que sofreu um "traumatismo grave na coluna vertebral", admitiu sentir um misto de emoções ao iniciar finalmente a época de 2023 na sua nova equipa com cinco meses de atraso.
"Estou ansioso por saltar para a mota, mas ao mesmo tempo um pouco preocupado com o que vai acontecer, ao voltar a uma máquina com 330 cavalos de potência e 150 quilos", disse: "Vou levar as primeiras sessões com calma, preciso de ser paciente, estou ansioso por terminar este fim de semana! A minha equipa está a manter-me calmo, "relaxa", dizem-me. Faltei a metade da época, vou sofrer de certeza no primeiro fim de semana."
Lotaria de Silverstone
Se Francesco Bagnaia continuar com o sucesso da época passada no circuito de Northamptonshire, estará a quebrar uma série notável de um vencedor diferente todos os anos, que remonta a Jorge Lorenzo em 2013.
Com Marco Bezzecchi (duas vezes) e Jorge Martin já com vitórias este ano, há todas as hipóteses de essa sequência continuar, especialmente se o infame verão britânico desempenhar o seu papel, com previsão de chuva pelo menos para sábado.