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Fórmula 1: Como a Red Bull está a ajudar Verstappen na luta pelo título

Reuters
Max Verstappen tem 62 pontos de vantagem sobre Lando Norris, da McLaren
Max Verstappen tem 62 pontos de vantagem sobre Lando Norris, da McLarenReuters / Amanda Perobelli
Quando Max Verstappen for a Las Vegas, em busca do quarto título consecutivo de Fórmula 1, estará a correr numa pista iluminada que a sua equipa Red Bull já simulou cerca de oito mil milhões de vezes.

A corrida de sábado à noite, num circuito de rua que corre ao longo da famosa Strip da cidade do Nevada, realiza-se a 23 de novembro e uma vitória garantiria o campeonato para Verstappen, a duas jornadas do fim.

"Fazemos quatro mil milhões de simulações antes de chegarmos à pista", disse à Reuters Jack Harington, líder do grupo de parcerias da Red Bull, que trabalha com a gigante do software e patrocinadora do título, a Oracle.

"E depois pegamos nos dados do FP1 e FP2 (primeiro e segundo treinos) e introduzimo-los nas simulações e voltamos a fazer esses quatro mil milhões", explicou.

Mil milhões, sublinhou, e não milhões - embora não sejam necessários muitos palpites sobre quem vai ganhar o título este ano, uma vez que Verstappen tem 62 pontos de vantagem sobre Lando Norris, da McLaren.

"Há sempre aquele ditado que diz que, por vezes, é preciso pôr a mão no ar para ver se está a chover na zona das boxes, mas há sempre variáveis que nos apanham de surpresa", disse Harington.

"Quanto mais simulações fizermos, mais coisas veremos e mais hipóteses teremos de reagir a elas de forma eficiente", acrescentou.

A Red Bull usa a infraestrutura de nuvem da Oracle para executar as simulações, para aprimorar a estratégia e estar preparada para qualquer eventualidade.

A Red Bull também está a construir o seu próprio motor para 2026 e Taylor Newill, diretor sénior de gestão de produtos da Oracle, afirmou que a computação de alto desempenho também está a desempenhar um papel importante no desenvolvimento da simulação.

As simulações de corrida são efetuadas ao longo do ano, mas sobretudo quando se aproxima uma decisão importante, como a melhor altura para aplicar uma penalização ao motor - como fez Verstappen no fim de semana passado no Brasil, quando passou de 17.º para primeiro.

Essa corrida molhada foi ainda mais complicada por acidentes, bandeiras vermelhas e carros de segurança.

A estratégia da Red Bull foi arriscada, com Verstappen a ficar de fora durante um período de safety car. depois de o rival ao título da McLaren, Lando Norris, ter feito a boxe, mas compensou quando o agravamento das condições levou à interrupção da corrida.

"Para o planeamento mais detalhado da estratégia durante a prova, começamos com cerca de duas semanas de antecedência", disse o engenheiro sénior de estratégia de corrida da Red Bull, Stephen Knowles.

"As simulações preliminares abrangem um vasto leque de resultados possíveis em termos de desempenho dos pneus e do carro, bem como um vasto leque de potenciais incidentes e respetivos tempos. Isto permite-nos planear o nosso fim de semana e, em particular, a utilização dos pneus com antecedência, com o objetivo de marcar o maior número de pontos possível, mas com contingência suficiente para lidar com o inesperado", explicou.

Harington afirmou que a utilização da Oracle Cloud Infrastructure (OCI) também traz benefícios em termos de custos e sustentabilidade, uma vez que as equipas estão sujeitas a um limite de custos rigoroso.

"Podemos ligar a nuvem antes de um fim de semana de corrida... executar estas enormes quantidades de simulações, desligar a nuvem e voltar a ligá-la quando precisarmos de o fazer novamente", explicou.

"Ao passo que antes tínhamos de investir em material físico para as podermos executar, pelo que também é muito mais eficiente em termos de custos para nós. Todas as decisões estratégicas vencedoras de corrida que tomámos desde 2021 foram feitas no OCI", acrescentou.