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Mundial de hóquei em patins: Paulo Freitas e João Rodrigues "desolados" após derrota nos penáltis

Portugal foi derrotado nas grandes penalidades
Portugal foi derrotado nas grandes penalidadesFPP
Declarações após o jogo Portugal-Espanha (5-5, 1-2 nas grandes penalidades), das meias-finais do Mundial de hóquei em patins, disputado este sábado em Novara, em Itália.

Leia aqui a crónica do Flashscore

Paulo Freitas (Selecionador de Portugal):

“Como saio daqui? O João (Rodrigues, capitão, que falou antes) utilizou uma palavra que acho que é a palavra indicada para todos: destroçado, obviamente. Acho que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.

A sorte procura-se, a sorte cai para quem merece, não quer dizer que não merecêssemos, mas, efetivamente, foi um jogo tão encaixado (...), duas equipas de enorme qualidade e com uma ambição enorme de estar amanhã presentes na final, decidido na bola parada, que é um momento de competência, não de entrega à sorte. Tínhamos preparado isso, o jogo estava preparado até este momento, mas depois a única diferença que houve é que a bola bate no ferro, bate no Girão e entra; bate no ferro, bate no Grau (guarda-redes espanhol) e não entra. A diferença esteve aí.

Claramente que nós cometemos alguns erros durante a partida, também obrigámos o adversário a cometer erros, mas acima de tudo todos os portugueses têm de estar orgulhosos daquilo que foi o nosso trajeto até ao dia de hoje. E vamos recompor-nos, fazer o luto durante o dia de hoje, e amanhã (domingo) aqui estaremos de alma lavada, como se costuma dizer, para lutar por uma medalha (frente à Itália).

Nós entrámos melhor no jogo, conseguimos colocar-nos em vantagem, tivemos um bom controlo das transições do jogo, mas há ali um momento em que claramente nos desfocámos, permitimos que a Espanha fizesse a reviravolta no marcador. Mas a equipa conseguiu controlar-se, agarrar-se ao jogo, e conseguimos reentrar novamente na partida, percebendo que a alternância no marcador, em função da qualidade das duas equipas, podia acontecer a qualquer momento (...). Uma segunda parte também muito repartida, nalguns momentos a Espanha por cima, noutros momentos nós a controlar e por cima, mas acho que foi um jogo muito encaixado. No prolongamento, claramente as equipas respeitaram-se muito, evitaram cometer erros grosseiros, e fomos para um momento do jogo onde nós somos fortes, porque temos dois excelentes guarda-redes e temos excelentes marcadores de bolas paradas. Mas os astros hoje não se alinharam.

(Sobre o facto de o balneário de Portugal ter sido alvo de um assalto pouco antes do início do jogo, forçando mesmo a equipa a mudar de equipamento) Aquilo tira foco e é preciso um esforço muito grande para refocar toda a gente. E é um facto que quando entrámos na cabina havia jogadores que não tinham camisola, desapareceram pertences pessoais… Ninguém sabe o que aconteceu, mas não deveria acontecer numa organização destas. Foram momentos difíceis (...), foram obviamente momentos que acabaram por desfocar. Não me vou agarrar a isso, embora seja obviamente muito desagradável”.

João Rodrigues (Capitão da seleção de Portugal)

“O balneário está destroçado, não há como fugir a isso. Queríamos muito lutar por este título mundial, acabou aqui esse objetivo. Como diz o nosso treinador, temos rapidamente de fazer o luto, amanhã (domingo) há uma medalha para conquistar, para continuar a orgulhar os portugueses, é o novo objetivo que nós temos. Temos de fazer o luto e atacar a medalha de bronze amanhã.

"Claramente nós temos de crescer como equipa e gerir melhor o resultado quando está a nosso favor. Temos de tirar ilações dos erros que fomos cometendo ao longo da competição. Mas acho que foi um grande jogo, duas grandes equipas que se respeitaram muito, que deram um grande espetáculo, e que podia ter ‘caído’ para qualquer dos lados, honestamente. Nos penáltis, não gosto de falar de sorte, mas a diferença entre bater no poste, nas costas e entrar, ou no corpo e sair… Quando se chega a esse ponto do jogo, não está nas nossas mãos, é mesmo uma questão de felicidade.

Ainda é cedo para tirar ilações, as emoções ainda estão ao rubro, mas claramente acho que não fomos felizes ao longo deste Mundial. Claramente a história poderia ter sido outra, não só neste jogo, mas também termos conseguido garantir o primeiro lugar do grupo (perdido por um golo a 12 segundos do fim frente à Argentina).  Não quero atribuir a responsabilidade à sorte, porque acho que isso é pontual, acho que temos muito trabalho pela frente para ter a sorte do nosso lado, e esses detalhes têm de cair para o nosso. E nós temos de trabalhar mais, temos de dar mais qualquer coisa, porque não pode ser repetidamente a sorte cair mais vezes para o outro lado. Isso já não é só sorte, então temos de dar mais qualquer coisa”.