Nacionais de natação apuraram forma de olímpicos na despedida de Monteiro
A única mulher portuguesa numa meia-final de natação em Jogos Olímpicos, nos 200 mariposa de Tóquio-2020, despediu-se das piscinas após uma carreira de grande destaque.
São seus o recorde nacional dos 200 mariposa, fixado nos 2.08,03 minutos, e duas medalhas de prata em duas edições diferentes dos Jogos do Mediterrâneo, tendo sido quinta na sua distância predileta nos Europeus Glasgow-2018.
Esta foi uma de três despedidas do dia, segundo a Federação Portuguesa de Natação, com o treinador Luís Cameira, do C Braga, e a árbitra Dalila Lira, há 39 anos na arbitragem, também a dizerem adeus.
Na final, Ana Catarina Monteiro, agora vereadora da Câmara de Vila do Conde, foi homenageada, assim como o treinador, Fábio Pereira, com um aplauso de pé das bancadas e das adversárias.
Inês Henriques (Louzan-Efapel) bateu a nadadora do Fluvial Vilacondense na sua última final, com Mariana Cunha (Efanor) no terceiro lugar.
Outra nadadora olímpica de destaque para Portugal, Tamila Holub, do Sporting de Braga, anunciou nas redes sociais "uma pausa na natação", sem precisar por quanto tempo, após vários anos entre a elite nacional.
"Este último ciclo (olímpico), apesar de curto, foi muito difícil, e a verdade é que estava a gostar cada vez menos do que estava a fazer. A natação já não me inspirava nem me fazia arder da mesma forma, e penso que isso se transmitiu nos resultados", escreveu, depois de ser prata nos 800 livres, vencidos por Diana Durães (Benfica).
Os Nacionais tiveram apenas um recorde nacional absoluto a ser batido, no caso por Francisca Martins nos 100 livres (55,88 segundos), entre outros sete máximos por escalão etário conquistados.
Na final dos 1.500 livres, José Paulo Lopes (Sporting de Braga), um pupilo de Cameira, somou a quarta medalha de ouro nestes campeonatos, juntando esta distância aos 800 livres, 400 livres e 400 estilos, assim como um bronze nos 200 mariposa.
Gabriel Lopes (Louzan-Efapel) venceu os 100 costas, juntando este ouro aos 50 costas e 200 estilos, além da prata nos 100 bruços.
No Jamor, os dias anteriores ficaram marcados pelo esforço de Miguel Nascimento e Diogo Ribeiro em afinar a forma para os Jogos Olímpicos Paris-2024, com o campeão do Mundo dos 50 e 100 metros mariposa confiante, tendo vencido a distância mais longa e também os 100 livres.
“O desempenho nestas provas foi bastante bom e estou feliz e supermotivado para os Jogos Olímpicos”, declarou o nadador do Benfica no sábado, citado pela federação.
O também benfiquista Nascimento impôs-se nos 50 livres, ainda que longe da sua melhor marca.