O cenário das provas, no coração de Paris, não conseguiu fazer esquecer as muitas questões levantadas tanto pela qualidade da água, como também pelas correntes, que afetaram sobretudo a prova feminina, em que Sharon van Rouwendaal conseguiu tornar-se a primeira bicampeã olímpica da distância.
Numa prova que integra o calendário olímpico desde Pequim2008, a neerlandesa recuperou o ouro perdido em Tóquio-2020 para a brasileira Ana Marcela Cunha, e juntou o título olímpico ao Mundial, conquistado em fevereiro, em Doha, numa prova em que a portuguesa Angélica André foi bronze.
Depois de ter sido prata no Japão, Sharon van Rouwendaal precisou de 2:03.34 horas para recuperar o ouro que tinha conquistado no Rio-2016, e que há três anos viu ‘fugir’ para Ana Marcela Cunha, que foi quarta, atrás da australiana Moesha Johnson e da italiana Ginevra Taddeucci, segunda e terceira classificadas, respetivamente.
Angélica André cumpriu a prova em 2:06.17 horas, tendo fechado no 12.º posto, e superado em cinco lugares a melhor prestação de sempre de uma portuguesa.
Na prova masculina, o húngaro Kristof Rasovszky, vice-campeão olímpico em Tóquio-2020, e atual campeão mundial, triunfou no Sena, em 1:50.02 horas.
Num final emocionante, depois de uma prova nadada a grande ritmo, e menos afetada pelas correntes do que a feminina, o alemão Olivier Klemet foi prata, a dois segundos de Rasovszky, e o também húngaro David Betlehem, bronze.
O campeão olímpico de Tóquio-2020, o alemão Florian Wellbrock, liderou grande parte da corrida ao lado de Rasovszky, mas acabou a prova no oitavo lugar, depois de ter ficado para trás nas duas voltas finais.