Ngannou regressa à jaula para "prestar homenagem" ao seu filho falecido
"Perguntei-me se não deveria pendurar as luvas. Mas apercebi-me de que não tinha tido a oportunidade de lutar pelo meu filho e agora vou fazê-lo", disse Francis Ngannou (37 anos) numa conferência de imprensa em Washington, esta quinta-feira.
"Decidi que vou continuar a lutar por ele e acho que esta é a melhor forma de o homenagear", acrescentou.
Ngannou vai voltar à jaula para defrontar o campeão brasileiro da Professional Fighters League (PFL), Renan Ferreira, a 19 de outubro, em Riade, mais de dois anos e meio depois do seu último combate de MMA, contra o francês Ciryl Gane, para manter o título de pesos pesados do Ultimate Fighting Championship (UFC).
"Estou muito entusiasmado. Já passou muito tempo. Há dois meses, quando voltei a treinar, pensei que me tinha esquecido de como se luta. Mas depois apercebi-me que ainda estava lá. Era como se nunca tivesse saído de lá", lembrou.
"Não acho que o desafio seja voltar ao MMA, mas voltar ao meu nível, ter aquela agressividade, aquela determinação", disse o camaronês, acrescentando que sentia falta das "luvas pequenas" das artes marciais mistas.
Em janeiro de 2023, Ngannou abandonou a UFC antes de se juntar à PFL quatro meses mais tarde, o que lhe permite lutar no boxe inglês a par das artes marciais mistas.
Na sua estreia no boxe, em outubro de 2023, Ngannou esteve perto de conseguir a proeza de mandar o campeão de pesos pesados da WBC e grande favorito Tyson Fury para o tapete no terceiro assalto, mas acabou por perder por uma controversa decisão dividida.
Em março, na sua última incursão no ringue, foi derrotado pelo peso pesado Anthony Joshua, que o eliminou em apenas dois assaltos.
Regressar ao MMA "sempre foi o plano", disse Ngannou, declarando que gostaria de voltar a lutar no boxe inglês no futuro.