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O mistério do cacifo de Pelé: está fechado há 48 anos e ninguém sabe o que lá está

O cacfico de Pelé, 16.º a contar da esquerda, com uma porta revestida com a fotografia do astro
O cacfico de Pelé, 16.º a contar da esquerda, com uma porta revestida com a fotografia do astroGazeta Press
O Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro) é um dos mais históricos do Brasil. Construído em 1916, desde 2 de outubro de 1974 que há um cacifo no balneário que não é aberto. E não é um cacifo qualquer: nesse dia o Santos recebeu o Ponte Preta e o futebol despediu-se de Pelé, que encerrou nesse dia a sua carreira. E desde esse dia que o cacifo de Pelé não é aberto.

A 2 de outubro de 1947, o Santos venceu o Ponte Preta por 2-0, com golos de Cláudio Adão e Geraldo, na própria baliza, mas esse jogo entra na história como o último de Pelé: aos 20 minutos o astro brasileiro pegou na bola, ajoelhou-se no relvado, na linha de meio-campo, abriu os braços e disse adeus. Deu uma volta olímpica com a camisola na mão e terminou, em lágrimas, descendo aos balneários.

Aí, ajoelhou-se em frente ao seu cacifo, guardou uma peça de roupa e trancou-o. Saiu da Vila Belmiro, nesse dia, num carro da Polícia Militar e, no bolso, levava a chave do seu cacifo. Desde esse dia, nunca mais aquela porta foi aberta.

Em 48 anos o balneário do Santos já foi alvo de várias modificações, modernizações mas aquele cacifo nunca foi mexido ou aberto. Atualmente, da esquerda para a direita, o cacifo de Pelé é o 16.º da fila. Está revestido com uma fotografia de Pelé, com a camisola 10 do Santos, e ilustrada com um autógrafo da lenda do futebol brasileiro.

Todos os armários passaram, ao longo das décadas, por inúmeras reformas, modernizando-se ao longo do tempo. A única coisa que permanece igual, na mesma posição, é o armário do Pelé. Tanto é que ele é revestido por uma porta. Dentro dessa porta, que está trancada, o armário dele é o mesmo de quando ele deixou a Vila Belmiro”, conta Gabriel Pierin, historiados do Santos e guia da visita ao Vila Belmiro.

No dia em que ele se despediu, ajoelhou-se em frente ao armário, agradeceu por toda sua trajetória vitoriosa e por tudo que o Santos representou na vida dele. E deixou uma peça de roupa particular dele dentro do armário e trancou. Eu nunca vi esse armário aberto. É uma mística do Santos”, completou o historiador.

Agora, no próximo dia 18 de janeiro, está marcada uma reunião com os arquitetos do novo Vila Belmiro, que irão discutir com a reunião do Santos o que fazer e onde colocar os elementos históricos do antigo estádio. E neles está, obviamente, o cacifo de Pelé, existindo a possibilidade de ser transferido para o Memorial das Conquistas ou continuar no novo balneário do clube, no novo estádio.

O projeto da nova Vila Belmiro foi aprovado pelo sócios do clube no último dia 17 de dezembro, terá capacidade para 30 mil pessoas e vai começar a ser construído no segundo semestre do próximo ano.