“É um momento muito triste para todos nós. Estávamos na cerimónia de encerramento quando soubemos da notícia. Era um momento de celebração e foi um balde de água fria muito grande”, declarou Iúri Leitão, aos jornalistas, após a chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
Segundo o também vice-campeão olímpico do omnium em Paris-2024, “por mais que se estivesse ciente do estado de saúde” do líder do movimento olímpico nacional, a notícia não deixou de os deixar consternados.
Para Rui Oliveira, como “para todos”, foi “uma tristeza muito grande”.
“Especialmente para quem lidava com o senhor presidente já há bastantes anos. Foi uma pessoa que ajudou a conquistar tudo o que temos hoje”, lamentou.
O ciclista de Vila Nova de Gaia disse ainda que a dupla fez “tudo o que esteve ao alcance” para o fazer feliz.
“Espero que esteja orgulhoso e feliz da nossa conquista. Sabemos que ainda conseguiu ver a nossa corrida. É um grande motivo de orgulho”, acrescenta.
José Manuel Constantino, que presidia ao Comité Olímpico de Portugal (COP) desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.
Liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio-2020 e Paris-2024, depois da estreia no Rio-2016.
Antes, presidiu ao Instituto de Desporto de Portugal e à Confederação de Desporto de Portugal.
Autor de livros e artigos publicados sobre desporto, era considerado um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.