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Óbito/Constantino: Carlos Lopes sentiu a morte do dirigente como se fosse do pai

José Manuel Constantino faleceu no domingo, aos 74 anos
José Manuel Constantino faleceu no domingo, aos 74 anosCOP
Carlos Lopes assumiu esta terça-feira ter sentido a morte de José Manuel Constantino como de um pai, recordando a relação de proximidade que tinha com o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).

Foi uma perda como se fosse o meu pai. Era um homem extraordinário, íntegro. Ainda há precisamente um ano, quando fiz 39 anos da medalha de ouro, estive a almoçar com ele e com toda a minha família”, contou Carlos Lopes, o primeiro campeão olímpico português.

O antigo atleta, de 77 anos, conquistou há 40 anos e um dia, em 12 de fevereiro de 1984, a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos Los Angeles1984, tendo hoje sido alvo de uma “singela homenagem” em Viseu, a sua terra natal.

Carlos Lopes disse que ficou “ferido” com a morte de Constantino, aos 74 anos, “ainda mais no dia em que acabam os Jogos (Paris-2024) é uma coisa que nem lembra ao diabo”, assumindo-se como “um homem que não expressa emoções, apesar de as sentir”.

Aquilo que ele fez pelo desporto! Ele conseguiu viver mais tempo com a vontade de ver os Jogos e as medalhas que Portugal ganhou”, defendeu Carlos Lopes, aludindo à coincidência de a morte do dirigente ter ocorrido no último dia de Paris2024.

O lançamento da biografia de Carlos Lopes estava marcado para segunda-feira, data do 40.º aniversário da vitória na maratona olímpica, mas acabou por não acontecer devido à morte de Constantino.

Não podia, o livro existe por causa dele. Ele tinha de ver a obra que foi feita em sua homenagem, porque o livro está cá, porque ele me pediu muito e ele merecia estar presente”, vincou Carlos Lopes, prometendo o lançamento da obra para “daqui a uns tempos” em Lisboa e, mais tarde, também em Viseu.

José Manuel Constantino, que presidia ao COP desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.

Liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio-2020 e Paris-2024, depois da estreia no Rio-2016.

Antes, presidiu ao Instituto de Desporto de Portugal e à Confederação de Desporto de Portugal. Autor de livros e artigos publicados sobre desporto, era considerado um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.